terça-feira, 30 de junho de 2009

Copa das Confederações: Como foram as Seleções?


Nesta terça-feira irei aproveitar o fim da Copa das Confederações de 2009, na África do Sul, para analisar o desempenho das seleções no torneio. Primeiramente gostaria de classificar a importância do torneio; A Copa das Confederações, por ser disputada apenas pelas seleções campeãs continentais, país sede e campeã do mundo, é o torneio de segunda maior importância da FIFA. Pode até ser encarado como um preparativo para a Copa do Mundo, mas nem todas as equipes que participam estarão na próxima Copa do Mundo. E outro fator a ser observado, nunca uma seleção que tenha ganhado a Copa das Confederações, até hoje, se sagrou campeão do mundo no Mundial do ano seguinte, o mais próximo que se chegou foi em 1998, ano em que a seleção brasileira, campeão do torneio em 1997, chegou a final e perdeu para a França. Já tivemos seleções que ganharam a Copa das Confederações após serem campeãs mundiais, vide França (em 2001) e Brasil (em 1997 e 2005).

Então como conclusão tenho que este torneio não pode ser considerado um pré-mundial (a não ser para o país sede, que desde a Alemanha em 2005 que sempre é o mesmo da Copa do Mundo, e acaba senso um excelente teste de organização para o mundial). Então como classificá-lo? Simples, é só mais um torneio entre seleções para definir quem é o melhor campeão continental. Está certo que só recentemente ele tem recebido o devido valor, afinal quando era a cada dois anos era uma festa pouco valorizada, com participações de seleções B ou olimpicas, mas agora é uma competição séria e muito valorizada, com a participação das seleções principais.

Desempenho das Seleções:

  • Nova Zelândia:

Os All Whites demonstraram como a Nova Zelândia ainda engatinha no futebol, enquanto a seleção de Rugby, os All Blacks, é uma das melhores do mundo, a seleção de futebol é bem infantil. Até parece que quando jogam o futebol retrocede aos seus primórdios táticos, anteriores ao esquema tático revolucionário WM. Chris Killen, o astro do time, é muito limitado, a diferença é que ele enxerga melhor o jogo que seus companheiros. A Nova Zelândia não tinha ambição de avançar para as semi-finais da competição, mas chegar ao ponto de comemorar um empate contra o Iraque como se fosse a classificação da equipe, para mim foi exagero, depois dessa demonstração acredito que eles não tem nenhuma chance de classificação para a Copa do Mundo, afinal Bahrein ou Arábia Saudita são seleções muito melhores que os All Whites.

  • Iraque:

A seleção iraquiana já está fora da Copa do Mundo de 2010 e mostrou porque neste torneio, é uma seleção extremamente defensiva, quase não ataca e o toque de bola é precário. Fez dois pontos no torneio, conseguindo uma regular exibição na estreia ao empatar com a anfitriã, na segunda rodada teve como bom resultado não ser massacrada pela Espanha, aliás deu um certo trabalho ao quase empatar com os espanhóis. A grande frustração foi o empate com a fraquíssima seleção neozelândeza. Saiu do torneio sem ao menos fazer um gol.

  • Egito:

A seleção egipsia chegou quase que surpreendendo o mundo ao quase empatar com a seleção brasileira, jogando um futebol bem entrosado e competitivo. No segundo jogo mostrou que a impressão do primeiro jogo estava certa e surpreendeu o mundo ao derrotar a campeã mundial, a Itália, em mais uma partida incrível. Tinha tudo para ser a sensação do torneio, Zidan e Aboutrika lideravam muito bem a equipe, foi aí que a verdadeira surpresa apareceu e a desclassificação para os EUA, que parecia improvável, aconteceu. O futebol egipsio mostrou que tem condições de lutar por uma das vagas para a Copa do Mundo, mas não pode deixar ser surpreendida assim.

  • Itália:

Está aí a maior decepção do torneio, após um início bom a Itália caiu perante seus próprios problemas, sua falta de vocação ofensiva, falta de mira de seus jogadores e o envelhecimento de sua seleção, que ainda mantem a base da seleção campeã mundial, que já era velha. Sua linha de zagueiros fica pouco atrás a linha de meio campo, tentando compactar o jogo, afinal seus zagueiros não conseguem mais se posicionar rápido contra um ataque rápido. Mas com isso dá liberdade para os contra-ataques rápidos, em que seus zagueiros lentos não conseguem acompanhar os velozes atacantes adversários. Com esse sistema defensivo velho e precário vejo um mundial, em 2010, muito fraco dos italianos, afinal a Itália não pode depender só de Buffon.

  • África do Sul:

Os Bafana-Bafana fizeram um início de torneio bem fraco, fazendo os anfitriões temerem pelo pior, não conseguir a classificação para as semi-finais. Mas o time que Joel Santana montou cresceu muito durante a competição e fez duas grandes partidas, contra ninguém menos que Brasil e Espanha. O estilo de jogo melhorou, parece que os jogadores acordaram e passaram a tentar enfrentar os adversários de igual para igual, jogando assim eles dominaram o jogo contra o Brasil (acabou perdendo no finzinho) e quase venceram a Espanha na decisão do terceiro lugar. Tal resultado deixou todos muito empolgados com as possibilidades da África do Sul no Mundial de 2010. Deve dar algum trabalho.

  • Espanha:

Esperava-se mais da seleção espanhola, começou jogando muito contra a fraca seleção da Nova Zelândia, depois por pouco não para na muralha iraquiana, e por fim vence com facilidade a África do Sul. Então era só passar pelos EUA e esperar pelo Brasil na final, certo? Não, o que parecia simples não aconteceu, a Espanha enfrentou dificuldades na partida e acabou derrotada pelos americanos na maior zebra dos últimos anos. David Villa, Fernando Torres, Cesc Fábregas, Xavi, Xabi Alonso e Casillas não conseguiram evitar a derrota. Na decisão do terceiro lugar quase são derrotados pelos sul-africanos. A seleção espanhola tem uma grande geração, mas precisa botar a bola no chão e reconhecer que seus adversários têm seus valores. Acredito que ainda, apesar deste torneio, a Espanha ainda seja uma das favoritas ao título do mundial do ano que vem.

  • Estados Unidos:

A seleção americana passou de decepção a grande surpresa do torneio na última rodada da 1ª fase, ao derrotar e eliminar a seleção do Egito, até então a sensação do torneio, por 3 x 0, com isso eliminando a campeã do mundo, a Itália, que perdera do Brasil por 3 x 0. Os Estados Unidos precisavam, para classificar, de vencer por 3 ou mais gols de diferença o Egito e torcer para o Brasil derrotar a Itália por 3 ou mais gols de diferença. Parecia impossível, mas aconteceu, e com isso foram enfrentar a seleção da Espanha, favorita ao título, nas semi-finais. E mais uma vez o impossível acontece, derrotam os incrédulos espanhóis por 2 x 0 e chegam a final contra o Brasil. Na final ainda conseguem anular o Brasil no primeiro tempo e abrem dois gols de diferença, mas no segundo tempo não conseguiram segurar a ímpeto brasileiro e tomaram a virada. Estados Unidos vice-campeões da Copa das Confederações, ninguém poderia imaginar isso, o que isso quer dizer? Talvez na Copa do Mundo de 2010 os americanos tenham condições de surpreender o mundo de novo, mas agora as outras seleções que estiverem no mundial já ficarão atentas a isso. O fato é que os Estados Unidos se classificaram em segundo lugar no grupo mais difícil e equilibrado, depois conseguiram derrotar uma das favoritas ao título e ainda chegaram a estar com uma das mãos na taça, então se tiverem um pouco de sorte no sorteio dos grupos da Copa do Mundo, poderão chegar longe no mundial (quem sabe umas quartas de final).

  • Brasil:

A seleção brasileira, a grande campeã da Copa das Confederações, mostrou que a partir de agora o técnico Dunga é inquestinável no comando da seleção. Não se pode mais falar que ele não pode estar lá, afinal ele ganhou tudo que disputou até agora, finalmente elaborou um esquema de jogo para a seleção, definiu em função de quem a seleção vai jogar (o Kaká), encaixou tudo, meu único questionamento é se Robinho deve continuar na seleção (acredito que não tem espírito de equipe). O trabalho tem sido bem feito (apesar de todas as dificuldades iniciais) e a um ano da Copa do Mundo o Brasil tem melhorado e mostrado que pode superar todas as adversidades (visto o que aconteceu na final da Copa das Confederações). Ainda tem o que melhorar? Sempre!

Precisa-se arrumar a recomposição da defesa, a bola chega muito ao goleiro, aliás Júlio César já está na Copa, com certeza é um dos melhores do mundo na atualidade, seus reservas neste torneio são bons; Gomes joga muito bem, se precisar dele sabemos que vai corresponder (convenhamos que Doni não serve para ser reserva de Júlio César); Victor é um goleiro promissor, mas acredito que tem outros merecendo a chance, como: Fábio do Cruzeiro, Renan, do Valência, Bruno do Flamengo e por último, empatado com Victor, está o Felipe do Corinthians.

A defesa ainda precisa acertar alguns detalhes para dar a segurança necessária a seleção, Lúcio, o capitão da seleção, tem jogado muito bem, com vontade, garra, liderança, bom posicionamento e técnica (ainda acho que ele é o El Loco Lúcio), mas precisa de um companheiro que seja mas rápido na recomposição da zaga; Juan é o companheiro perfeito para o Lúcio, mas tem tido uma série de contusões que deixa, no mínimo, o técnico preocupado (será que dá para apostar nele?); Luisão é um ótimo reserva de Lúcio (não companheiro de zaga), é um jogador perigoso no ataque em jogo áereo, também vai bem na defesa neste requisito, mas é um jogador lento, apesar disso pode tranquilamente compor o elenco; Miranda é uma ótima promessa para a seleção, tem as características parecidas com a de Juan, mas precisa amadurecer ainda (podem também ser testados, afinal merecem, Alex, do Chelsea, Breno, do Bayern de Munique, Thiago Silva, do Milan, e Leonardo Silva, do Cruzeiro).

Na lateral direita, acredito, precisa mudar o jogador, Daniel Alves já provou por A + B que é melhor lateral que Maicon (que na minha visão só joga como ponta direito ou ala, não de lateral). Ele defende bem, apoia bem, ataca bem, cruza bem e bate falta muito bem. Enquanto Maicon é rápido e chuta bem e forte na diagonal, só! Na defesa é um Deus nos acuda, deixa sempre uma avenida aberta para o contra-ataque adversário. Acho que ainda merecem ser testados para a reserva de Daniel Alves; Rafinha, do Schalke 04, Léo Moura, do Flamengo, Vitor, do Goiás, Apodi, do Vitória, Ilsinho, do Shakhtar Donetsk, e Jonatas, do Cruzeiro, todos eles podem disputar a posição de reserva com Maicon.

Na lateral esquerda é onde temos a pior situação. André Santos até foi bem na Copa das Confederações e larga na frente pela vaga aberta, provavelmente estará na Copa do Mundo; Kléber, no meu ver, está fora dos planos (finalmente), pois quando nos dois últimos jogos do torneio Dunga retirou André Santos (que tinha roubado a posição de titular de Kléber) para colocar o Daniel Alves (lateral direito) na lateral esquerda, com isso se for convocado novamente Dunga estará sendo muito incoerente; Lutam por uma oportunidade nesta vaga aberta: Juan, do Flamengo, Marcelo, do Real Madrid, Júlio César, do Goiás, Fábio Santos, do Grêmio, Leandro, do Vitória, e Ramon, do Vasco.

No meio campo os volantes tomaram conta, a seleção agora joga com 3 volantes, sendo um extremamente defensivo e os outro dois como segundos volantes. Na vaga de volante defensivo, Gilberto Silva parece estar com muita moral com Dunga e deve estar na Copa, é um jogador experiente, acredito que pode até ser útil para o grupo, mas não o colocaria como titular. Josué, o reserva imediato, tem até boas qualidades, mas ainda deveria provar muito para estar na seleção. Brigando com Josué pela vaga em aberto neste setor estão: Mineiro, do Chelsea, Pierre, do Palmeiras, Fabrício, do Cruzeiro, Willians, do Flamengo, Sandro, do Internacional, Lucas, do Liverpool, e Denilson, do Arsenal. Felipe Melo, que entrou como titular e não saiu mais (não conhece o banco de reservas) é uma grande investida de Dunga, ele ajeitou o setor defensivo do meio campo e ainda sabe chegar com qualidade na frente, dono de um chute muito forte e de passes precisos, acredito que poderia fazer muito bem a função de primeiro volante, mas o Dunga não entende assim, estará na Copa. Ramires, que finalmente foi convocado, roubou a vaga do então intocável Elano e mudou a panorama da seleção brasileira, deu mais dinamismo entre o ataque e a defesa, um jogador ímpar, que defende e ataca muito bem e com muita velocidade, certamente estará na Copa. Elano, o talismã de Dunga, é um jogador ótimo para compor o elenco, mas não para ser titular, afinal ele pode jogar como volante, meia e lateral, têm feito ótimas cobranças de escateio, deverá estar na Copa. Kleberson já é um jogador consagrado pelo pentacampeonato em 2002 (assim como Gilberto Silva), tem jogado bem, dado bons passes e é muito inteligente com a armação de jogadas, mas ainda fica devendo um pouco na marcação, precisa se afirmar ainda nesta seleção. Disputam a última vaga deste setor de segundos volantes com o Kleberson: Ibson, do Flamengo, Hernanes, do São Paulo, Anderson, do Manchester United, Thiago Motta, do Inter de Milão, Souza, do Grêmio, Diego Souza, do Palmeiras, Magrão, do Internacional, Cristian, do Corinthians, e Cleber Santana, do Mallorca.

Na posição de meia de criação, ou seja a posição UM do esquema tático (4-3-1-2), com certeza teremos o Kaká na Copa do Mundo, é o jogador em que a seleção vai apostar todas as suas fichas, logo deverá voltar a ser eleito o melhor jogador do mundo, um jogador que joga com todo seu talento voltado para a equipe, visando o bem do grupo. Seu reserva imediato, atualmente, não tem tanto talento, mas tem muita vontade e garra, Júlio Baptista dificilmente deixará espaço para qualquer outro que queira entrar na seleção, é um homem de confiança de Dunga para a hora em que a coisa aperta, sempre que entra a equipe melhora. Mas não se pode afirmar que estará na Copa do Mundo, então ainda deixa esperanças para: Diego, do Juventus, Wagner, do Cruzeiro, Renan Oliveira, do Atlético Mineiro, Carlos Alberto, do Vasco, Thiago Neves, ex-Fluminense, Renato Augusto, Bayer Leverkussen, Ronaldinho Gaúcho (este pode buscar vaga no meio como também pode buscar no ataque), do Milan, e Daniel Carvalho, do CSKA Moscow.

No ataque, Luís Fabiano virou unanimidade, ninguém o imagina fora da Copa, por mais que sempre falassem que o Brasil precisa de um camisa 9, a seleção já tinha, só não tinham percebido. Infelizmente, acredito, que Robinho também estará na Copa do Mundo, é o jogador que eu contesto não é de ontem, é muito habilidoso, mas tem como objetivo em sua carreira apenas ser o melhor do mundo (um objetivo muito individual), ele nem campeão do mundo é, teria que se doar mais a seleção e não o contrário, se voltar a jogar para o grupo (como em 2004-05-06) só iria acrescentar, mas se jogar apenas para si (como vem sendo desde 2006/2007) não deveria ser convocado. Para os reservas ainda há duas vagas abertas, Nilmar e Alexandre Pato ainda não carimbaram seus passaportes para a Copa do Mundo, com isso jogadores como: Grafite, do Wolfsburg, Ronaldinho Gaúcho, do Milan, Wagner Love, do CSKA Moscow, Fred, do Fluminense, Ronaldo, do Corinthians, Adriano, do Flamengo, Kléber, do Cruzeiro, Taison, do Internacional, e Ricardo Oliveira, do Betis, irão brigar por uma vaga. Apesar disso acredito que Nilmar conseguirá uma das vagas, é um jogador muito técnico, veloz e inteligente, está a frente dos outros nesta briga. Enquanto Alexande Pato, acredito, ainda tem que provar por que deve ser convocado.

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Brasileirão 8ª Rodada: Resultados


Em rodada de dois clássicos estaduais mornos quem brilhou foi o Internacional e o Barueri, o primeiro com grande atuação de Bolaños, aquele que o Santos dispensou, e o segundo pela sapecada que deu no líder Atlético Mineiro, conseguindo com isso entrar no G4. Não posso deixar de destacar também a estréia com vitória do novo comandante do São Paulo, Ricardo Gomes (no lugar de Muricy).

O Internacional voltou a dividir a liderança com o Galo mineiro após vencer o Coritiba, no Beira-Rio, por 3 x 0, com grande atuação do atacante Bolaños (que veio para dar um nó na cabeça de Tite, afinal quem será o ataque titular: Nilmar, Taison, D'Alessandro e Bolaños disputam 3 vagas), que fez os três gols. O Colorado fez uma grande partida, parecendo voltar a ter aquele estilo de jogo do início do ano, em que atropelava a todos. A vitória elástica serviu como motivação para o Inter, que nesta quarta tem uma partida muito importante contra o Corinthians, pela final da Copa do Brasil, e precisa de um placar elástico (2 x 0 ou mais de 3 gols de diferença).

No Morumbi, o São Paulo voltou a apresentar entrosamento de sua equipe, com um novo esquema tático (4-4-2), quem agradece e muito é Richarlyson e Hernanes que voltaram a ter boas participações, ao vencer o Náutico por 2 x 0, gols de Jean Holt e Hernanes (o melhor em campo). O Náutico continua em sua queda livre, já esteve em segundo lugar, quando vinha com boas atuações, mas mostra, assim como o Sport, que o futebol de Recife passará duras penas neste Campeonato Brasileiro, se não abrirem o olho voltarão para a segunda divisão.

E no estádio Arena Barueri, cai o último invicto desta edição do Campeonato Brasileiro. O Atlético Mineiro até mostrou ter força de reação ao empatar a partida quando perdia por 2 x 0, mas não conseguiu parar o ataque do Barueri, que, com grande atuação de Pedrão (que foi para o futebol árabe), nestas duas últimas rodadas jogou o "campeonato mineiro" e foi "campeão", pois ganhou de ambos, coincidentemente, pelo mesmo placar, 4 x 2. Resta saber se o Barueri manterá esta pegada, que o levou ao G4 no campeonato, mesmo com a saida de Pedrão para o Oriente Médio, ou se irá cair de rendimento ao longo do campeonato.

No clássico carioca, o considerado o mais charmoso do mundo, Fla x Flu não saiu do zero. Em um jogo recheado de estrelas (Adriano, Ibson, Juan e Léo Moura pelo Flamengo; Fred, Conca e Thiago Neves pelo Fluminense) faltou muito brilho desta batalhas de constelações. Thiago Neves e Ibson podem ter feito a última partida por suas equipes neste Brasileiro (Ibson ainda pode resolver sua situação com o Porto e ficar na Gávea, mas Thiago Neves vai para o Oriente Médio) e não conseguiram liderar suas equipes para a vitória contra o arqui-rival. Fred e Adriano protagonizaram incríveis perdas de gols, ambos mostraram que precisam melhorar muito para serem decisivos. Conca ainda não conseguiu mostrar seu futebol do ano passado. Juan e Léo Moura parecem estar perdidos com a falta de esquema tático que o Flamengo apresenta, não jogam como laterais, nem como alas, nem como meias, a verdade é que o esquema tático do Flamengo inexiste (famosa tática do padeiro: ataque em massa e defesa em bolo), e essa falta de competencia da equipe pode custar o cargo do técnico Cuca nas próximas rodadas. Já no Fluminense há uma obediência tática mais evidente, Carlos Alberto Parreira parece ter mais controle da equipe que o treinador adversário, mas está pecando pela falta de mira de seus atacantes e o não entrosamento de seu meio campo, que tem errado muitos passes. Conjugando tudo isso temos uma partida em 0 x 0, sem muitas emoções.

No clássico paulista entre Palmeiras e Santos, no Palestra Itália, o time da casa vinha de uma crise que custou a cabeça do técnico Vanderlei Luxemburgo e a venda de Keirrison (ainda não concretizada), o Peixe vinha tentar aproveitar o começo de crise para surpreender o Porco. Mas durante a partida o que se viu foi um Palmeiras muito bem organizado, atacando o tempo todo, não dando chances para os adversário do litoral paulista. E neste cenário foi que Obina abriu o placar para o time da casa. No segundo tempo o técnico santista, Wagner Mancini, operou mudanças em sua equipe, que surtiu efeito. O Palmeiras começou a recuar e tentar explorar os contra-ataques, mas com isso deu uma liberdade perigosa para o Santos atacar. O goleiro Marcos operou verdadeiros milagres e o ataque palmeirense perdia as poucas chances que surgiam. Neste momento o Santos era quem ditava o ritmo de jogo e com tanta pressão acabaram por conseguir empatar a partida, com um gol do estreante Robson, que entrou no lugar de Neymar, dando números finais a partida, 1 x 1.

Outros resultados:

  • Na Arena da Baixada o Atlético Paranaense venceu o time reserva do Corinthians, por 1 x 0;
  • No Mineirão o Cruzeiro, que estava com o time reserva, ganhou por 1 x o do Avaí;
  • No Engenhão o Botafogo foi surpreendido e goleado pelo Goiás, por 1 x 4;
  • No Barradão o Vitória goleiou o Santo André por 4 x 1, com Marcelinho Carioca perdendo penalti;
  • Na Ilha do Retiro o Sport despachou o time reserva do Grêmio com um placar de 3 x 1.

Dados importantes: O Atlético segue líder junto com o Internacional (17 pontos), seguidos de perto por Vitória (16 pontos), Barueri e Palmeiras (13 pontos), Corinthians - Flamengo - Goiás (11 pontos), ou seja, os dois lideres estão distanciando-se dos outros times que são tidos como favoritos ao título. Não podemos esquecer que Botafogo (6 pontos), Coritiba (7 pontos), Avaí (7 pontos) e Náutico (8 pontos) estão na zona de rebaixamento, mas estão a apenas 5 pontos (no máximo) do 6º colocado. O Campeonato Brasileiro está no início e promete muita emoção ainda.

Flamengo despacha o Brasília na final do NBB

Em uma final equilibrada e espetacular o Flamengo confirma minha previsão de que seria o campeão (só errei o placar de 3 x 2, apostei no 3 x 1) e o Brasília como vice. Na primeira partida o Flamengo surpreende e vence o Brasilia na capital federal. Na segunda o Brasília devolve o resultado com uma vitória contra o Rubro-negro no Rio. Na terceira o Flamengo faz prevalecer o fator casa. Na quarta partida o Brasília mostra que pode ser campeão ao anular o Flamengo. Finalmente chegamos ao quinto e derradeiro jogo, que por ter uma campanha melhor, o Flamengo tem a vantagem de jogar para sua torcida.

Na presença de 16 mil torcedores a favor, o Flamengo dominou a partida toda, mas sempre com o Brasília mordendo seus calcanhares. Mas como eu via previsto, num duelo de duas equipes fantásticas, o que faz a diferença são os grandes jogadores, e o melhor jogador do Brasil na atualidade (e isso já faz algum tempo) é o Marcelinho. Ele foi o cestinha de toda a competição e tinha um aproveitamento fantástico das cesta de 3 pontos. Nesta hora eu lembro (mais uma vez neste blog) as palavras de Michael Jordan: "Um grande jogador pode vencer algumas partidas, mas somente uma grande equipe pode vencer um campeonato!" Como no embate entre Flamengo e Brasília as duas equipes eram GRANDES equipes o diferencial ficou no grande jogador e esse é o MARCELINHO!

E dizem que ele tava velho!

domingo, 28 de junho de 2009

Copa das Confederações: Final

Por pouco essa imagem que coloco aí em cima não é com outra seleção. Em uma final eletrizante o Brasil conseguiu reverter o placar em cima dos Estados Unidos, e vencer de virada pelo placar de 3 x 2.

No primeiro tempo, logo aos dez minutos, Dempsey desvia um cruzamento para marcar o primeiro gol americano, em sua primeira oportunidade. A partir daí a seleção brasileira tentou dar o troco imediato, mas esbarrava na bem postada defesa americana, que sempre saia no contra-ataque nas costas dos laterais brasileiros (principalmente nas costas de Maicon, lá era uma BR, e não apenas uma avenida). A seleção estava mal colocada em campo, atacava desorganizadamente e em uma bola perdida por Robinho (tocada por Maicon) deu um contra-ataque incrível aos americanos, em que Landon Donovan arrancou por 67 metros e finalizou contra o gol de Júlio César que nada pode fazer, 2 x 0 para os americanos. Uma plateia incrédula assistia o que parecia ser a maior zebra dos últimos 7 anos (desde a Coreia do Sul em 2002), os americanos encantavam com um futebol bem jogado e por pouco não ampliam, já os brasileiros pareciam assustados com o que estava acontecendo, pareciam que acreditavam estar em um pesadelo e não conseguiam acordar. Já até começava a ouvir: "Esse Dunga montou uma seleção limitada, sem poder de reação, os americanos estão nos envergonhando", mas a verdade era que os americanos jogavam com uma inteligência tática impressionante e neste primeiro tempo estavam dando o famoso nó tático nos brasileiros.

No segundo tempo, todos nós temos que dar o braço a torcer para o Dunga, afinal ele pegou a seleção brasileira em frangalhos (como na foto em cima) e conseguiu motivá-los para entrar em campo no segundo tempo e buscar o título de todo jeito, mas não sem corrigir os erros de posicionamento da defesa, dos laterais e do meio campo. Em menos de um minuto o Brasil diminui com um gol de Luís Fabiano (esse já tá na Copa do Mundo) e começa a pressionar e impedir os contra-ataques dos americanos. Apesar de continuar perdendo, o Brasil domina a partida neste momento e joga tudo o que não jogou no primeiro tempo (tirando Robinho que continuou inútil), os Estados Unidos estavam acuados e seu campo buscando se defender a todo custo. Contaram inclusive com o erro da arbitragem que não confirmou o gol de Kaká (que seria o empate) na cabeçada que o goleiro Howard tirou de dentro do gol (um lance muito rápido, mas o auxiliar deveria ter visto).

A proximidade do fim da partida fez com que a seleção brasileira desesperasse um pouco e Dunga insistiu em um erro que já tivera sorte de ser salvo desde mesmo erro na semi-final, tirando André Santos (lateral esquerdo) e colocando Daniel Alves (lateral direito), acho que Maicon deveria ter saído e colocou seu talismã Elano no lugar de Ramires (que não esteve tão bem hoje, mas não comprometeu). Visível era que Dunga resolveu apostar nas bolas paradas, é a única explicação para essas substituições, mas Daniel Alves na esquerda não é uma boa, ele mesmo admite que seu pé esquerdo serve apenas para apoiar o corpo enquanto o direito está no ar. Nem azul para essas substituições estava Kaká, que arrancou pela esquerda e cruzou para Robinho (em baixo da trave) perder o gol, que precisou da intervenção de Luís Fabiano para cabecear para dentro do gol, empatando a partida. Nesta hora o técnico americano mostrou fraqueza e colocou um ala no lugar de um atacante, parecia estar com medo de tomar outro gol e abdicou do ataque. Com isso a seleção tornou-se ainda mais presente na área adversária. E em um escanteio, a bola parada que Dunga queria para seu talismã cobrar, Elano (mais uma vez ele cobrando muito bem um escanteio) cobrou o escanteio levantando a bola na cabeça do capitão Lúcio que estufou a rede e virava o jogo de forma espetacular, até inacreditável.
As lágrimas da alegria e da virada impossível...

... e as lágrimas da tristeza e da derrota inacreditável.

Copa das Confederações: Decisão do 3º lugar

Neste domingo as zebras tentaram fazer suas peripécias, mas os leões resolveram sair da toca. Na decisão do 3º lugar da Copa das Confederações tivemos uma partida movimentada e um tanto injusta até certo ponto, a partida foi para a prorrogação e com um gol de Xabi Alonso a Espanha ganhou por 3 x 2 da África do Sul.

Durante o tempo regulamentar o que se via era um domínio da seleção da África do Sul, mesmo não sendo convertida em gols. Os sul-africanos atacavam com mais gana, vibravam a cada lance, deixavam o público com o grito de gol engasgado na garganta e enlouqueciam Joel Santana com as chances perdidas. Os espanhóis pareciam decepcionados com o fato de estarem disputando o 3º lugar, queriam e acreditavam que disputariam a final, jogavam como se fossem obrigados, não queriam estar em campo e eram dispersos em seus passes e na marcação.

Foi com esse cenário que o primeiro gol apareceu, Mphela, que saiu do banco, abre o placar após dominar a bola na pequena área e chutar a queima roupa para o gol de Casillas, África do Sul 1 x 0. Quando a partida parecia que ia terminar em mais uma zebra para cima da Espanha, que jogava mal, Güiza apareceu em duas oportunidades seguidas e virou o jogo, para 2 x 1, em um minuto, aos 44 minutos do segundo tempo. Neste momento o placar apontava uma das maiores injustiças desta Copa das Confederações (junto com o jogo da África do Sul x Brasil), mas aos 48 minutos do segundo tempo, Mphela empatou cobrando falta e levando o jogo para a prorrogação.

Na prorrogação a Espanha resolveu entrar no jogo e equilibrou a partida, com chances para os dois lados, a Espanha foi mais efetiva e em uma falta Xabi Alonso fez o gol da vitória, no segundo tempo da prorrogação. Só restou aos sul-africanos lamentar as chances perdidas e comemorar o fato de terem jogado de igual para igual com as seleções brasileira e espanhola. Com o trabalho de Joel deverão fazer uma boa campanha na Copa do Mundo de 2010.

Bom trabalho Joel, continue assim e colherá frutos bons em 2010.

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Recopa Sul-Americana: Internacional 0 x 1 LDU

Tivemos nesta quinta-feira a primeira partida da Recopa Sul-Americana, no Beira Rio, Porto Alegre, Internacional (Campeão da Copa Sul-Americana de 2008) e LDU (Campeão da Copa Libertadores da América de 2008) fizeram uma partida violenta que terminou com vitória dos equatorianos, em solo brasileiro, por 1 x 0.

Curiosamente desde a saída de Nilmar e Kléber da equipe (convocados para Seleção) o Colorado não apresenta um bom futebol, que marcava a temporada de 2009. Isso demonstra uma fragilidade da equipe? Ou seria apenas coincidência? Se Nilmar for vendido o time do Inter desintegra? Perguntas que só poderão ser respondidas com o tempo.

Para a próxima partida o Inter terá que descobrir uma maneira de voltar a jogar o futebol que encheu os olhos de todos neste primeiro semestre até o final de maio, se não será atropelado na altitude de Quito.

Homenagem póstuma ao ídolo Pop: Michael Jackson

Abro um pequeno espaço em meu blog para homenagear o ídolo revolucionário do meio musical: MICHAEL JACKSON. Ele era, além de um incrível cantor, também ótimo compositor, fantástico dançarino e criador das coreografias de grupo em clipes. Nenhum outro artista atingiu o ponto que Michael alcançou (os Beatinicks vão me crucificar), nem mesmo os Beatles.

Podem até falar que a vida que ele teve foi uma catástrofe, mas seu legado musical é inquestionável, ele foi mais que nós simples seres humanos. Vai com Deus Michael, nós ficamos com a saudades e com sua obra, belíssimas músicas e incríveis coreografias.

Copa Libertadores da América (Semi-finais): Resultados

As semi-finais da Copa Libertadores da América de 2009 começaram, no Mineirão o Cruzeiro conquistou uma boa vantagem em cima do Grêmio e em La Plata o Estudiantes fez o suficiente para vencer o Nacional, mas os finalistas não estão definidos, ambos os resultados são passiveis de serem revidados por Grêmio e Nacional, que jogarão em casa na segunda partida.
No Mineirão a partida de Cruzeiro e Grêmio teve tudo que uma semi-final de Libertadores pede: Vontade, rivalidade, emoção e gols. No início da partida o Grêmio surpreendeu o Cruzeiro em marcar a saida de bola celeste, o que quase resultou em dois gols para os tricolores, mas após esse susto inicial, o Cruzeiro equilibrou a partida e passou a explorar os lados do campo, de onde saiu a jogada de Kléber para o gol de Wellington Paulista. Ainda no primeiro tempo uma discussão entre Maxi Lopez e Elicarlos a respeito de suposto racismo (isso vai dar pano para manga na próxima partida).

No segundo tempo o Cruzeiro desfilava um bom futebol em campo, que resultou nos gols de Wagner e Fabinho, o Grêmio estava perdido em campo e sem cabeça para equilibrar o jogo (a Rapoza estava mais perto do quarto gol que o Imortal do primeiro) até que o juizão (que estava péssimo na partida) sentiu a panturrilha e saiu de jogo, entrando o quarto arbitro (que estava mais em forma e melhor antenado na partida). Mas a parada de quatro minutos para a troca do arbitro fez com que Paulo Autuori reorganizasse o Grêmio, que partiu com outra disposição para o restante da partida, e após uma falta, Souza bateu bem e diminuiu a vantagem celeste. Final no Mineirão 3 x 1 para o Cruzeiro, vantagem total é celeste (que pode perder por um gol de diferença), mas o tricolor tem a fama de não desistir nunca (afinal 2 x 0 não é um placar tão incomum assim).

Em La Plata o Estudiantes não chegou a jogar bem, mas foi o suficiente para garantir o 100% de aproveitamento em casa na competição, o time do Nacional mostrou-se limitado e com dificuldades básicas para tentar empatar a partida, que terminou em 1 x 0, gol de Galván, para o Estudiantes. Para a próxima partida o Estudiantes tem a vantagem do empate.

Os classificados para a final serão conhecidos na semana que vem, e os jogos de volta serão analisadas aqui na sexta-feira. Meus favoritos continuam os mesmos, Cruzeiro e Estudiantes.


Será que estou certo?

Copa das Confederações: Brasil 1 x 0 África do Sul

Ontem a tarde tivemos a melhor definição de que nem sempre quem joga melhor ganha a partida. A África do Sul, comandada pelo brasileiro Joel Santana, esteve o tempo pressionando o Brasil, que parecia ter levado um nó tático. Os africanos esbarravam em suas próprias limitações, como as finalizações erradas, mas levavam o jogo com autoridade de donos da casa e não queriam deixar o Brasil lhe estragar a festa. Porém...

Daniel Alves, o melhor lateral direito do Brasil, que na Seleção Brasileira é reserva, foi colocado aos 38 minutos do segundo tempo no lugar de André Santos, o lateral esquerdo. Sim, você leu bem, ele entrou na lateral esquerda, não porque André Santos tenha se contundido e Kléber estava sem condições de jogo (o que não ocorreu com nenhum dos dois), e sim porque Dunga morre de medo de tirar o Maicon do time (ele é querido pela imprensa), que é um bom lateral, mas só ataca. Poucos minutos depois uma falta perto da área africana, Daniel Alves bate bem na bola e o goleiro africano, que jogava bem, não alcança, 1 x 0 para o Brasil. Mas Daniel Alves não só bateu a falta, pouco depois ele entra driblando pelo meio do campo e toca para Luís Fabiano, livre, perder o gol. Saldo final, em 8 minutos fez um gol e quase criou outro, isso jogando pela esquerda (imagina o que ele faria pela direita).

Pena Joel, você armou bem o time, mas sem fazer a bola entrar fica complicado.

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Copa das Confederações: Estados Unidos 2 x 0 Espanha

Tá certo que a zebra é um animal originário da África, mas esta zebra americana tá adorando conhecer suas origens e tá passeando até na África do Sul. Quando se classificou no grupo B em segundo lugar, nos últimos momentos, quando já não se acreditava mais que dava, os atletas americanos sabiam que o que viesse seria lucro e decidiram jogar solto, sem responsabilidade e tentando fazer o impossível outra vez, só que agora mais difícil, ganhar da toda poderosa Espanha, campeã europeia. E como o futebol é uma caixinha de surpresas, eles conseguiram. Placar final: EUA 2 x 0 Espanha.

O jogo começou com os Estados Unidos mostrando que não iam ficar acuados em seu campo, como fizeram com Itália e Brasil, e partiram para cima da defesa espanhola, perdendo boas oportunidades de gol, uma de bicicleta de Dempsey e um chute forte rente a trave de Casillas. A Espanha tentava lançamentos longos sem muitos resultados, perdeu chances com Villa e Torres na frente do gol. Com os americanos mais organizados em campo e com maior volume de jogo, não demorou a acontecer o que parecia muito improvavel, Altidore (que joga no Villareal da Espanha) fez o pivô para proteger a bola de Capdvilla, sai na cara de Casillas e chuta no meio do gol, Casillas, que parecia esperar uma pancada em algum canto, assustou com a bola em sua direção e espalmou, mas não o suficiente para impedir o gol americano, 1 x 0.

A partir daí, a Espanha dominou o jogo, os americanos se defendiam e, quando possível, contra-atacaram. O primeiro tempo terminou, veio o segundo e o jogo continuava igual, Espanha dominando o jogo e perdendo chances, até que em um contra-ataque, Donovan cruza a bola rasteira na área, que desvia em Pique, Sérgio Ramos domina e olha para frente, esquecendo ou acreditando que Dempsey desistira do lance, neste momento o atacante americano, Dempsey, não perde tempo se recupera da quase caída que deu, e se antecipa ao Sérgio Ramos e chuta para o gol vazio, 2 x 0. Restou ao Sérgio Ramos olhar desconsolado para dentro do gol e ver a bola estufando a rede.

Para a Fúria restou tentar de todas as maneiras fazer dois gols para empatar a partida, mas como já vinha acontecendo em todo o jogo o goleiro Howard impedia as tentativas, agora, desesperadas dos espanhóis. Mas ficou nisso, zebra americana (será o Chris Rock, a zebra de Madagascar que chegou a África do Sul?) passeia em solo sulafricano.

O goleiro americano, Howard, foi perfeito na partida de ontem!

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Copa Libertadores da América (Semi-final): Cruzeiro x Grêmio

Hoje começam as semi-finais da Copa Libertadores da América, e o primeiro confronto é dos times brasileiros, Cruzeiro e Grêmio, no Mineirão.

Na partida de mais tarde, o Cruzeiro leva uma ligeira vantagem sobre o Tricolor gaúcho por jogar em casa, onde até este fim de semana não perdia a 9 meses. No Mineirão a Raposa é difícil de ser batida, mas enganam-se os que acham que por ter passado pelo São Paulo credencia mais o Cruzeiro a ir para a final, o Grêmio tem um grande elenco, está muito melhor que o São Paulo, sabe jogar uma Libertadores, usam muito bem do regulamento e não quer levar desvantagem para casa. Nesta partida, acredito que terá dois confrontos dentro de campo: Wagner x Tcheco (quem criará mais?) e Kléber x Maxi Lopez (quem é mais decisivo?). Neste pré-jogo pretendo esclarecer os meus pontos de vista em relação as equipes e os confrontos individuais.

As equipes: Cruzeiro encontrou outra forma de jogar depois que Ramires foi servir a Seleção Brasileira, penou muito para isso mas conseguiu. Digamos que voltou a ser aquele Cruzeiro "velho de guerra", que cadencia o jogo, prioriza a posse de bola e toca bastante antes de tentar arrematar contra o gol adversário, não é mais aquele Cruzeiro de muita velocidade, ultra-ofensivo e que explorava muito as subidas de seus volantes (Charles - hoje no Lokomotiv - e Ramires). Encontrou equilíbrio em todos os setores do campo (apesar de a defesa necessitar muito de Leonardo Silva). O Grêmio tem como mérito no banco seu técnico, Paulo Autuori, que já foi bicampeão desta competição e conhece como poucos o que é necessário para chegar lá. Tem uma defesa muito sólida, mas pode sofrer com a ausência do goleiro Vítor (servindo a seleção), o meio campo é muito combativo e forte na marcação e o ataque sempre perigos. Joga na melhor forma o futebol força, já muito conhecido dos gaúchos (chega a se assemelhar com uma mescla entre futebol uruguaio+argentino+brasileiro). Por jogar em casa vejo uma leve vantagem da Raposa.

Wagner x Tcheco: Este confronto de que criará mais em campo vejo Wagner na frente, é um jogador, que além de conhecer o seu terreno, é muito rápido, bate bem na bola (inclusive faltas) e entra driblando muito bem, dificultando a marcação da defesa. Já Tcheco, outro ótimo jogador, terá que se adaptar rápido ao campo, não é veloz como Wagner, mas tem uma disciplina tática que o cruzeirense não tem, também bate bem na bola (incluindo faltas) e tem uma ótima visão de jogo. Será um ótimo duelo, mas dará Wagner.

Kléber x Maxi Lopez: Este confronto é o que trás maior equilíbrio, afinal temos dois grandes atacantes em campo. Kléber é veloz, provocativo, bom finalizador e driblador, pesa contra ele o fato de ser muito violento, desonesto nos contatos corporais com outros jogadores e cabeça quente, pode acabar prejudicando a equipe em um momento decisivo. Maxi Lopez é o típico centro-avante de Libertadores, mas melhorado, é brigador, bom finalizador, ótimo cabeceador, posiciona-se muito bem, tem ótima visão de jogo e muito habilidoso, mas também é violento, bem ao modo argentino, só que não esquenta a cabeça com a facilidade de Kléber. Será um duelo quase que de xadrez, mas acho que tem mais possibilidade de Maxi Lopez se sair melhor. Afinal, conhecendo Kléber, a defesa gremista vai tentar provocá-lo.

No duelo de hoje aposto minhas fichas no Cruzeiro, mas ainda sim será equilibrado, se o Cruzeiro conseguir ganhar de 0 terá uma ótima vantagem para o segundo jogo, mas não terá nada definido hoje. E aviso, ao contrário que muitos falam, NÃO é uma final antecipada, quem passar terá de enfrentar um argentino ou uruguaio, e nunca é fácil enfrentá-los na final. (Não se esqueçam do Fluminense, que ganhou do Boca Juniors na semi-final, já cantavam que era campeão, e acabou perdendo para a LDU do Equador!)

Fórmula 1 Urgente: FIA x FOTA ficam no 0 x 0

Menos de uma semana após o anuncio de que as principais equipes de Formula 1 não correriam a temporada de 2010 e formariam uma liga paralela, tudo voltou ao normal, como um grande 0 x 0 no placar. Afinal, Max Mosley não perdeu a cabeça (apenas não a colocará a prêmio depois de Outubro) e as equipes aceitam algum regulamento comum a todos (que ainda não foi divulgado).

Tudo não passou de uma pressãozinha para que Max Mosley (que já não mostrava vontade) de concorrer a presidência da FIA nas eleições de Outubro deste ano. Então no meu ver, não houve vencedores nem perdedores neste breve confronto, ficou mais parecido como uma briguinha de irmãos, que ficam de mal uns dias depois pedem desculpas uns para os outros.

terça-feira, 23 de junho de 2009

Quem você gostaria que fizesse parte de seu time: Cristiano Ronaldo ou Kaká?


Nesta semana eu iria fazer uma análise sobre dois jogadores da história do Cruzeiro, mas devido aos acontecimentos do Mercado da Bola das últimas semanas, as compras de Cristiano Ronaldo e Kaká pelo Real Madrid, os dois últimos jogadores considerados melhores do mundo nos últimos dois anos, considerados pela FIFA. Esse acontecimento levantou a uma séria dúvida, quem seria o melhor, Cristiano Ronaldo ou Kaká? O melhor jeito de responder que eu encontrei foi fazendo a pergunta: Qual deles seria o melhor para seu time? E também considerei que os dois não poderiam fazer parte do mesmo time (como agora ocorre no Real Madrid). Levei em conta as atuações deles em suas antigas equipes (Kaká - São Paulo e Milan / Cristiano Ronaldo - Sporting Lisboa e Manchester United) e pelas suas seleções (Brasil e Portugal, respectivamente).
  • Cristiano Ronaldo:
Começou sua carreira profissional no Sporting Lisboa em 2001, aos 16 anos, e logo se destacou pela habilidade com a bola, jogador de muitos dribles e sempre em direção ao gol. Ficou no clube até 2003, quando em um amistoso pela inauguração do estádio Alvalade XXI, em Lisboa, contra o Manchester United, que terminou em vitória do Sporting por 3 x 1, Cristiano Ronaldo foi o destaque da partida despertando o interesse do clube adversário em seu futebol.

Logo foi contratado pelos Diabos Vermelhos, para suprir a falta de David Beckham que fora para o Real Madrid. Em sua primeira temporada foi campeão da Copa da Inglaterra de 2004, de lá para cá ganhou mais 9 títulos, fez 118 gols, foi artilheiro em duas competições, foi eleito o melhor jogador do mundo (pelas principais eleições do mundo: FIFA, FIFPro e France Football).

Talento x Comportamento:

Cristiano Ronaldo sempre foi criticado pelo seu comportamento, fora e dentro de campo (aqui me ateei somente no dentro de campo). Sempre tido como um jogador arrogante e individualista, tornou-se um espetáculo a parte nos jogos devido ao seu atrevimento nos dribles e fortes arremates para o gol. Com isso é tido como um jogador que pode em um lance definir a partida (isso com mais frequência que o habitual), é um excelente batedor de falta e tem a versatilidade de jogar como atacante pelas pontas (quase um ponteiro de origem) ou como meia ofensivo que avança driblando. Mas em uma ou outra partida em que não esteja bem não deixará de tentar os lances individuais, chegando a fazê-los em detrimento do grupo, afinal sempre chama a responsabilidade para si.

Pontos fortes:

  • Dribla com efetividade em direção ao gol;
  • Chute forte e bem colocado;
  • Bom batedor de faltas;
  • Tem estrela;
  • Cabeceia muito bem;
  • Posicionamento;
  • Velocidade;
  • Cruzamentos bons;
  • Domínio de bola.
Ponto fraco:
  • Individualista;
  • Marcação.
Títulos conquistados:
  • Copa da Inglaterra de 2004;
  • Copa da Liga Inglesa de 2006 e 2009;
  • Supercopa da Inglaterra de 2007 e 2008;
  • Premier League (Campeonato Inglês) de 2006/2007, 2007/2008, 2008/2009;
  • Liga dos Campeões da Europa de 2007/2008;
  • Mundial de Clubes da FIFA de 2008;
  • Artilheiro da Liga dos Campeões da Europa de 2007/2008;
  • Artilheiro da Premier League de 2007/2008.
Além desses títulos conquistados pelo Manchester United (mais o vice da Liga dos Campeões da Europa de 2008/2009), jogando pela Seleção de Portugal foi: Vice-Campeão Europeu em 2004 e 4º Colocado na Copa do Mundo de 2006.
  • Kaká:
Começou a jogar futebol profissional em 2001, atuando pelo São Paulo Futebol Clube, com 19 anos onde logo se destacou a ponto de ser convocado para a Seleção Brasileira para ir a Copa do Mundo de 2002, da qual (sem jogar nem 30 minutos) sagrou-se campeão. Passou por momentos difíceis no Tricolor paulista chegando ao ponto da torcida pedir sua saída em meados de 2003. Atendendo ao pedido dos torcedores e a necessidade de fazer caixa, o São Paulo vendeu Kaká para o Milan, da Itália.

Já na primeira temporada desbancou o Rui Costa e Rivaldo das titularidades e virou ídolo milanês, terminou o campeonato italiano de 2003/2004 como campeão, e de lá para cá ganhou mais 4 títulos pelo Milan e 1 título pela seleção brasileira, foi eleito o melhor jogador do mundo (pelas principais eleições do mundo: FIFA, FIFPro, France Football e World Soccer) e foi artilheiro da Liga dos Campeões da Europa de 2006/2007.

Disciplina + Obediência Tática:

Kaká sempre se destacou por ser um jogador que procura o bem do grupo, mesmo quando é o jogador principal. Sua disciplina em campo e nos treinamentos sempre são elogiados, mostra ser um jogador preocupado com o desenvolvimento da equipe, buscando sempre a união dos jogadores.

Sua obediência tática para com o esquema de jogo é tão grande que depois de duas temporadas no time milanês conquistou a vaga de peça chave no esquema tático de Carlo Ancelotti, e apesar de a equipe jogar em sua função, ele não deixa de procurar sempre o coletivo, ou seja, ao driblar um adversário ele busca um companheiro de equipe melhor posicionado. É reconhecido também pelas grandes arrancadas com domínio da bola, sempre em direção ao gol e sempre trabalhando a mesma com os companheiros.

Pontos fortes:

  • Coletividade;
  • Domínio de Bola;
  • Passe;
  • Chutes precisos (tanto de perto quanto de longe);
  • Velocidade;
  • Visão de jogo;
  • Obediência tática.
Pontos fracos:
  • Marcação;
  • Inconstância.
Títulos conquistados:
  • Torneio Rio-São Paulo de 2001 (São Paulo);
  • Supercampeonato Paulista de 2002 (São Paulo);
  • Copa do Mundo de Futebol de 2002 (Seleção Brasileira);
  • Campeonato Italiano de 2003/2004 (Milan);
  • Supercopa da Itália de 2003/2004 (Milan);
  • Copa das Confederações de 2005 (Seleção Brasileira);
  • Liga dos Campeões da Europa de 2006/2007 (Milan);
  • Supercopa Europeia de 2006/2007 (Milan);
  • Mundial de Clubes de 2007 (Milan);
  • Artilheiro da Liga dos Campeões da Europa de 2006/2007 (Milan).
Além destes títulos conquistados, tivemos um vice da Liga dos Campeões da Europa de 2004/2005 que ficou conhecido como Milagre de Istambul, pela reação do Liverpool após estar perdendo por 3 x 0 e conseguir o empate. Também jogou a Copa do Mundo de 2006, conquistando a 5ª colocação, onde seu desempenho ficou abaixo do esperado.

Conclusão:

Ao pesar as qualidades de ambos os astros do futebol (lembrando que não estou entrando no mérito de quem foi melhor para que equipe, ou quem é melhor que quem), acredito que gostaria de ter em meu time o Kaká, afinal o futebol é um esporte coletivo e, desde pequeno, eu sempre preferi jogar ou ver jogando atletas que entendam essa maneira de jogar em equipe. Claro que o futebol de Cristiano Ronaldo nos impressiona, encanta e nos surpreende, mas depender de lances individuais dificulta muito. Por acreditar que o coletivo ganha mais com a entrada de Kaká na equipe do que a de Cristiano Ronaldo, escolho o primeiro para ser o jogador que gostaria de ver em meu time do coração. Para fechar gostaria de citar um dos maiores atletas de todos os tempos:


"Um grande jogador pode ganhar uma partida, mas somente uma grande equipe pode ganhar um campeonato!" - Michael Jordan.