Holanda 2 x 1 Eslováquia
Em um confronto que mais parecia um jogo treino, ou até um amistoso, vimos a força da Laranja Mecânica, que sem fazer grande esforço despachou os carrascos da Itália, a Eslováquia. Sem sofrer pressão durante 90 % do jogo, a Holanda desfilou bons passes, controle de jogo, calma, eficiência e precisão, o placar apertado não retrata o que foi a partida. Pouco ameaçada, a seleção holandesa não baixou o freio de mão e poupava seus jogadores de um cansaço maior, após terem marcado o primeiro gol (logo no início), começaram a tocar a bola de um lado a outro sem ter uma ânsia pelo gol, e controlou a partida com maestria. No segundo tempo quando a Eslováquia demonstrava que iria sim partir para o ataque e tentar o empate (depois de dois chutes perigosos) os holandeses trataram de mostrar que ainda tinham a partida na mão e após dois ou três ataques ampliaram o placar, numa clara demonstração de que estavam se guardando para as quartas-de-final, eles diziam aos eslovacos: "Se vierem para cima, nós os golearemos!" Assim, com o controle do jogo claramente em mãos, voltaram a trocar passes mantendo a posse de bola, e num lance no último minuto os eslovacos conseguiram um penalti, o qual o juiz ajudou os holandeses em não expulsar o goleiro, que por se tratar em uma clara e manifesta chance de gol decidiu pela falta (penalti) a tomar o gol, o que caracteriza numa expulsão da partida, mas só recebeu o cartão amarelo. Vittek, um dos artilheiros da Copa, bateu o penalti e marcou o de honra dos eslovacos.
Brasil 3 x 0 Chile
Freguesia, esse é o nome que os chilenos deveriam usar ao enfrentar o Brasil. Sempre que a seleção brasileira passa por alguma crise a seleção chilena aparece como adversário e dá um chute nesta crise brasileira. A crise da vez não era por resultados (o Brasil os têm), mas de relacionamento entre a imprensa e o técnico. Um resultado fraco (até uma classificação com dificuldades) acabaria com uma explosão de uma crise enorme para a CBF. Não nos esqueçamos de 1998, quando o Brasil passou em segundo do grupo, atrás da Noruega, após perder para a mesma, enfrentou o melhor Chile dos últimos 45 anos e fez o que? Goleou! 4 x 1 sonoros. Então agora não poderia ser diferente, pois batiam na tecla com o técnico, ele havia destrinchado o Chile 5 vezes nos últimos 4 anos (apesar disso não significar nada) e agora não podia ser diferente. Em uma partida sem grandes sustos, o Brasil sofreu uma pressão inicial e ficou nisso. Depois teve a clássica dificuldade de furar bloqueios. E a melhor arma de Dunga para furar bloqueios é: Bola parada. Acredito que nunca a seleção fez tanto trabalho de bola parada em sua história, mérito de Dunga. E após um escanteio o Brasil abriu o placar numa cabeçada de Juan. Com o placar desfavorável, o Chile teve que ir para o jogo, e assim deu o que a seleção brasileira a arma que mais gosta de usar, o contra-ataque! E assim o Brasil aumentou o placar para 3 x 0, com contra-golpes rápidos e objetivos. O Chile ficou vendido em suas limitações defensivas, nada conseguiu fazer para parar o Brasil e derrotá-lo.
Paraguai (5)0 x 0(3) Japão
Que partida truncada! Dois times que se destacaram pela forte defesa neste mundial só poderiam oferecer uma partida assim! Com pouca objetividade das duas seleções, o confronto foi morno e fraco em emoções. O empate em 0 x 0 perdurou pelos 120 minutos jogados de fraco futebol, com uma leve vantagem ofensiva para o Japão que buscou um pouco mais a vitoria. Mas nada adiantou, pois a partir da segunda fase (mata-mata) da Copa do Mundo, sempre uma seleção fica pelo caminho, e para isso as duas seleções foram para a disputa de penaltis, que resultou na classificação de Paraguai, pela primeira vez, as quartas-de-final, e a eliminação do Japão e do continente asiático da Copa do Mundo. Para seguir na competição o Paraguai precisa aprender a atacar.
Espanha 1 x 0 Portugal
Partida equilibrada até a abertura do placar, aos 17 minutos dos segundo tempo. Espanha e Portugal ofereciam um futebol interessante de se ver. A Espanha com sua tradicional troca de passes, rondava a área lusitana, mas com pouca objetividade. Portugal se defendia bem e contra-atacava com muita objetividade, deu trabalho a Casillas. E no primeiro tempo foi isso que se viu, uma grande posse de bola da Espanha, que pacientemente aguardava a hora certa de dar o bote, e uma boa marcação de Portugal, que quando roubava a bola imprimia um ritmo mais veloz a partida e com muita objetividade, sempre finalizando. Na volta do segundo tempo, as seleções permaneceram com as mesmas filosofias, até que um técnico, Vicente Del Bosque, teve coragem de tirar seu atacante central, Fernando Torres (que ainda não mostrou a que veio neste mundial) e colocou Llorente. Com essa alteração a partida mudou de figura, Llorente começou a dar a Espanha o que faltava, objetividade (parece não se importar de fazer um gol feio, ao contrário do resto da equipe). Logo em seu primeiro lance fez Eduardo, goleiro português, fazer uma grande defesa, tornando o estilo de jogo espanhol menos horizontal e mais vertical. Portugal acusou o golpe e começou a se preocupar mais com o novo centro avante espanhol, o que gerou espaços para os outros jogadores da Fúria, e num belo passe de calcanhar de Xavi, David Villa ficou de frente para Eduardo, que defendeu, mas deu o rebote, que não foi perdoado por Villa. A Espanha abria o placar. Portugal sem saber o que fazer começou a apelar para os chutões ao ataque e esperando que sua maior estrela, Cristiano Ronaldo, fizesse a diferença. Mas faltou um passe mais açucarado, o meio campo português tinha velocidade, mas faltava visão de jogo, algo que só Deco poderia dar a seleção lusitana, mas o técnico Carlos Queiroz não quis arriscar a fazer, preferiu encher o time de atacantes. Com isso a Espanha dominou a partida e só não ampliou o placar graças a grande atuação do arqueiro português, mas foi o suficiente para chegar as quartas-de-final.
Esses foram os resultados das oitavas de final, agora só faltam oito jogos para o fim da Copa do Mundo 2010.





seleção brasileira. Branco sempre foi contestado pelo público e imprensa na seleção, mas sempre que entrou em campo correspondeu. Dono de um potente chute de esquerda, sempre foi muito preciso ao bater faltas. Lateral esquerdo de muito vigor físico, é visto como um exemplo de dedicação e raça. Fez história pelo Fluminense, onde conquistou o título brasileiro de 1984, ainda se destacou no Porto de Portugal, onde também ganhou o título nacional de 1989-1990. Participou de três Copas do Mundo (1986-1990-1994) e duas Copas América (1989-1991), sempre servindo bem a seleção, em 1986 o penalti perdido por Zico contra a França, foi cometido em cima dele, em 1989, participou da seleção que tirou da fila de títulos continentais de 40 anos, em 1990 fez parte da seleção contestada de Lazaroni, e ainda se envolveu no episódio da "água batizada" dada por Maradona, em 1991, na defesa do título da Copa América, ficou com o segundo lugar, perdendo para a Argentina (de Caniggia e Batistuta). E enfim 1994, Branco foi para Copa do Mundo lesionado e sem saber se seria cortado ou se seria utilizado na Copa do Mundo, porém, ainda em recuperação, teve que entrar as pressas na equipe nas quartas-de-final, pois Leonardo havia sido expulso nas oitavas, e ficaria fora da Copa. Mesmo estando lesionado ele foi a campo e lutou como sempre encarou suas batalhas, e foi fundamental. Na metade do segundo tempo, o Brasil havia cansado e a Holanda havia empatado o jogo e estava melhor, foi aí que Branco fez a história acontecer, e com suas palavras descreverei a cena: "Eram uns 35 minutos do segundo tempo, ninguém mais tinha perna para correr atrás do resultado, aí eu recebi a bola e pensei, preciso de uma falta. Então sai correndo com a bola, veio o Overmars na marcação, aí eu dei uma mãozada na cara dele, cortei para o meio e esperei o zagueiro chegar e me joguei. O juiz marcou falta." Depois dessa cena, Branco bateu a falta com perfeição, forte e no canto esquerdo, ao pé da trave, do goleiro holandês. Por ter uma técnica muito bom, forte chute e o mais importante a malandragem brasileira, Branco está presente neste TOP 30: Jogadores Brasileiros, em uma ótima colocação.
ser um artilheiro e um finalizador nato, era irreverente. Ainda em atividade busca ser o terceiro jogador brasileiro a atingir a meta dos 1000 gols, está perto, já passa dos 900. Um verdadeiro colecionador de títulos coletivos e individuais (artilharia), além de ser um eremita do futebol, já passou por 28 clubes, com destaque maior por Goiás, Botafogo, Sion - SUI, São Caetano, Újpest - HUN, Brasiliense e Vila Nova. Malandro, Túlio é um colecionador de lances polêmicos e comentários mais polêmicos ainda, gol de mão contra a Argentina, gol em impedimento que deu título ao Botafogo, gol de calcanhar humilhante contra o Universidad de Chile, e como a frase: "Vou fazer o gol e dedicar a ele o gol anti-concepcional" frase dita sobre o atacante Dill, fazendo piada com o nome do adversário. Na seleção, porém, Túlio nunca encantou os críticos, apesar de nunca ter perdido um jogo vestindo a amarelinha, que queriam jogadores sérios e habilidosos, nunca gostaram do folclore carregado por Túlio. Junto a Dadá "Maravilha" e Romário, é o maior repetidor de artilharia do Brasileirão da série A, três vezes. Além de ter sido artilheiro das séries B (uma vez) e série C (duas vezes). Em certames estaduais é um recordista também, já foi artilheiro 9 vezes. Títulos são vários, nacionais são dois (Botafogo e Sion - SUI), além do título da série C (Brasiliense), estaduais são 5 (três pelo Goiás, um pelo Corinthians e um pelo Vila Nova), um título internacional (Recopa Sul-Americana, pelo Cruzeiro), duas Copas nacionais (Újpest - HUN e Jorge Wilstermann - BOL), fora títulos das séries de acessos a estaduais e torneios inter-estaduais (Rio-São Paulo, pelo Botafogo) e internacionais (Copa Finta Internacional pelo Volta Redonda, entre outros). Muitos diriam que eu estou louco por colocar o Túlio neste TOP 30, mas não poderia deixá-lo de fora por ser folclórico, ele fez por merecer em sua carreira, teve muitas voltas por cima, e muitas idas ao fundo do poço no futebol, mas nunca desistiu do futebol e sempre com a alegria que o marcou, sem contar que não podemos falar dos últimos 30 anos do futebol brasileiro sem citá-lo, por isso ele está presente no TOP 30: Jogadores Brasileiros, e na 17ª posição.
principais características do goleiro Marcos. Uma grande muralha, pegador de penaltis, reflexos milagrosos e uma liderança inteligente. "São" Marcos, como fora apelidado pela torcida do Palmeiras, onde atua desde 1992, foi um dos grandes responsáveis pela conquista do título da Copa Libertadores de 1999, ao eliminar o arqui-rival, Corinthians, nos penaltis (Marcos pegou o último penalti cobrado por Marcelinho Carioca), se tornando grande ídolo e símbolo do Palmeiras. Ainda teve uma ótima passagem pela seleção brasileira, colocando o goleiro Dida no banco e assumindo a camisa 1. Foi a uma Copa do Mundo (de 2002), sagrou-se campeão, levou apenas 4 gols em 7 jogos e fazendo grandes defesas. Além do reflexo, bom posicionamento e do faro para penaltis, Marcos sempre se destacou pela liderança que impõe no clube e impôs na seleção, sem ter a necessidade de braçadeira de capitão. Fala o que deve ser falado, doa a quem doer, cobra o máximo de seus companheiros, e presa pela sinceridade, tudo isso já gerou muita polêmica, mas nunca arranhou sua imagem de ídolo. Chegou a passar por um momento de crise técnica e motivacional, em que deixou a frase que explicita a sua personalidade: "Não quero ser titular só por que me chamo Marcos! Não estou bem, então devo dar espaço para os mais jovens." Ainda enfrentou lesões que o afastaram dos gramados várias vezes, entre 2006 e 2008, o que gerou um pouco de insegurança da torcida e dos críticos, porém já demonstrou que apesar da idade continuar avançando, ele continua sendo um dos melhores goleiros do Brasil. Por tudo que Marcos representou e ainda representa, ele está no TOP 30: Jogadores Brasileiros, na 16ª colocação, com muitas honras e méritos.








