terça-feira, 29 de junho de 2010

Copa do Mundo: E avançam também: Brasil, Holanda, Espanha e Paraguai

E se completam os jogos das oitavas-de-final da Copa do Mundo 2010, e mais uma vez em quatro apostas feitas, acertei duas, mas desta vez eu acertei um confronto: Brasil x Holanda. Meus azarões falharam e ficaram de fora: Portugal e Japão. Vamos aos jogos:

Holanda 2 x 1 Eslováquia

Em um confronto que mais parecia um jogo treino, ou até um amistoso, vimos a força da Laranja Mecânica, que sem fazer grande esforço despachou os carrascos da Itália, a Eslováquia. Sem sofrer pressão durante 90 % do jogo, a Holanda desfilou bons passes, controle de jogo, calma, eficiência e precisão, o placar apertado não retrata o que foi a partida. Pouco ameaçada, a seleção holandesa não baixou o freio de mão e poupava seus jogadores de um cansaço maior, após terem marcado o primeiro gol (logo no início), começaram a tocar a bola de um lado a outro sem ter uma ânsia pelo gol, e controlou a partida com maestria. No segundo tempo quando a Eslováquia demonstrava que iria sim partir para o ataque e tentar o empate (depois de dois chutes perigosos) os holandeses trataram de mostrar que ainda tinham a partida na mão e após dois ou três ataques ampliaram o placar, numa clara demonstração de que estavam se guardando para as quartas-de-final, eles diziam aos eslovacos: "Se vierem para cima, nós os golearemos!" Assim, com o controle do jogo claramente em mãos, voltaram a trocar passes mantendo a posse de bola, e num lance no último minuto os eslovacos conseguiram um penalti, o qual o juiz ajudou os holandeses em não expulsar o goleiro, que por se tratar em uma clara e manifesta chance de gol decidiu pela falta (penalti) a tomar o gol, o que caracteriza numa expulsão da partida, mas só recebeu o cartão amarelo. Vittek, um dos artilheiros da Copa, bateu o penalti e marcou o de honra dos eslovacos.

Brasil 3 x 0 Chile

Freguesia, esse é o nome que os chilenos deveriam usar ao enfrentar o Brasil. Sempre que a seleção brasileira passa por alguma crise a seleção chilena aparece como adversário e dá um chute nesta crise brasileira. A crise da vez não era por resultados (o Brasil os têm), mas de relacionamento entre a imprensa e o técnico. Um resultado fraco (até uma classificação com dificuldades) acabaria com uma explosão de uma crise enorme para a CBF. Não nos esqueçamos de 1998, quando o Brasil passou em segundo do grupo, atrás da Noruega, após perder para a mesma, enfrentou o melhor Chile dos últimos 45 anos e fez o que? Goleou! 4 x 1 sonoros. Então agora não poderia ser diferente, pois batiam na tecla com o técnico, ele havia destrinchado o Chile 5 vezes nos últimos 4 anos (apesar disso não significar nada) e agora não podia ser diferente. Em uma partida sem grandes sustos, o Brasil sofreu uma pressão inicial e ficou nisso. Depois teve a clássica dificuldade de furar bloqueios. E a melhor arma de Dunga para furar bloqueios é: Bola parada. Acredito que nunca a seleção fez tanto trabalho de bola parada em sua história, mérito de Dunga. E após um escanteio o Brasil abriu o placar numa cabeçada de Juan. Com o placar desfavorável, o Chile teve que ir para o jogo, e assim deu o que a seleção brasileira a arma que mais gosta de usar, o contra-ataque! E assim o Brasil aumentou o placar para 3 x 0, com contra-golpes rápidos e objetivos. O Chile ficou vendido em suas limitações defensivas, nada conseguiu fazer para parar o Brasil e derrotá-lo.

Paraguai (5)0 x 0(3) Japão

Que partida truncada! Dois times que se destacaram pela forte defesa neste mundial só poderiam oferecer uma partida assim! Com pouca objetividade das duas seleções, o confronto foi morno e fraco em emoções. O empate em 0 x 0 perdurou pelos 120 minutos jogados de fraco futebol, com uma leve vantagem ofensiva para o Japão que buscou um pouco mais a vitoria. Mas nada adiantou, pois a partir da segunda fase (mata-mata) da Copa do Mundo, sempre uma seleção fica pelo caminho, e para isso as duas seleções foram para a disputa de penaltis, que resultou na classificação de Paraguai, pela primeira vez, as quartas-de-final, e a eliminação do Japão e do continente asiático da Copa do Mundo. Para seguir na competição o Paraguai precisa aprender a atacar.

Espanha 1 x 0 Portugal

Partida equilibrada até a abertura do placar, aos 17 minutos dos segundo tempo. Espanha e Portugal ofereciam um futebol interessante de se ver. A Espanha com sua tradicional troca de passes, rondava a área lusitana, mas com pouca objetividade. Portugal se defendia bem e contra-atacava com muita objetividade, deu trabalho a Casillas. E no primeiro tempo foi isso que se viu, uma grande posse de bola da Espanha, que pacientemente aguardava a hora certa de dar o bote, e uma boa marcação de Portugal, que quando roubava a bola imprimia um ritmo mais veloz a partida e com muita objetividade, sempre finalizando. Na volta do segundo tempo, as seleções permaneceram com as mesmas filosofias, até que um técnico, Vicente Del Bosque, teve coragem de tirar seu atacante central, Fernando Torres (que ainda não mostrou a que veio neste mundial) e colocou Llorente. Com essa alteração a partida mudou de figura, Llorente começou a dar a Espanha o que faltava, objetividade (parece não se importar de fazer um gol feio, ao contrário do resto da equipe). Logo em seu primeiro lance fez Eduardo, goleiro português, fazer uma grande defesa, tornando o estilo de jogo espanhol menos horizontal e mais vertical. Portugal acusou o golpe e começou a se preocupar mais com o novo centro avante espanhol, o que gerou espaços para os outros jogadores da Fúria, e num belo passe de calcanhar de Xavi, David Villa ficou de frente para Eduardo, que defendeu, mas deu o rebote, que não foi perdoado por Villa. A Espanha abria o placar. Portugal sem saber o que fazer começou a apelar para os chutões ao ataque e esperando que sua maior estrela, Cristiano Ronaldo, fizesse a diferença. Mas faltou um passe mais açucarado, o meio campo português tinha velocidade, mas faltava visão de jogo, algo que só Deco poderia dar a seleção lusitana, mas o técnico Carlos Queiroz não quis arriscar a fazer, preferiu encher o time de atacantes. Com isso a Espanha dominou a partida e só não ampliou o placar graças a grande atuação do arqueiro português, mas foi o suficiente para chegar as quartas-de-final.
Esses foram os resultados das oitavas de final, agora só faltam oito jogos para o fim da Copa do Mundo 2010.

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