Retornando a publicação dos TOPs 30, neste tópico o TOP 30 seleções. Lembrando quem já fora mencionado: 30ª - Croácia de 1998; 29ª - Colômbia de 1993; 28ª - Portugal de 2006; 27ª - Bulgária de 1994; 26ª - Bélgica de 1986; 25ª - Suécia de 1994; 24ª - Itália de 1994; 23ª - França de 1986; 22ª - Holanda de 1994; 21ª - Inglaterra de 2002; 20ª - Camarões de 1990; e 19ª - Alemanha de 1990. Agora as colocações de 18ª a 15ª:
- 18ª Colocada - Turquia de 2002: Uma das grandes surpresas da Copa do Mundo de 2002, a Turquia demonstrou um futebol que desafiou os grandes, entre eles o Brasil. Com uma marcação implacável e um contra-ataque muito veloz, comandado por Hasan Sas, a Turquia mostrou muita vontade de apresentar uma campanha que justificasse sua classificação para o mundial, pois sua última, e única até então, participação em copas havia sido em 1954, onde foi eliminada na primeira fase. Com uma primeira fase regular (fez um bom jogo contra o Brasil, um jogo equilibrado com a Costa Rica e um jogo empolgante contra a China), classificou-se nos critérios de desempate (saldo de gols), a partir daí fez grandes apresentações. Eliminou os donos da casa (um deles, pois em 2002 eram dois), a seleção japonesa, nas oitavas-de-final, eliminou uma das sensações da Copa, a seleção senegalesa, no gol de ouro, nas quartas-de-final e só foi parar no Brasil (novamente) nas semi-finais, em um jogo de muita marcação e vontade, que originou a imagem curiosa de 4 jogadores turcos cercando o atacante Denilson. Na decisão do terceiro lugar, em um jogo de muitos gols, derrotou a outra seleção da casa, a Coreia do Sul (com isso foi a única seleção a derrotar os dois donos da casa na única Copa do Mundo com duas sedes), por 3 x 2, e marcando o gol mais rápido de todas as Copas, aos 11 segundos de jogo, marcado por Hakan Sukur (aliás o único dele em toda a Copa, ainda sim entrou para a história). Por toda esta raça e vontade demonstrada em campo, a Turquia de 2002 está presente neste TOP 30: Seleções, e muito bem classificada.
- 17ª Colocada - República Tcheca de 2004: A Eurocopa de 2004 teve grandes seleções e surpresas (como veremos a frente) e uma delas foi a grata surpresa da República Tcheca. Liderados pelo craque Pavel Nedved, os tchecos mostraram que não tinham uma seleção fraca, e que contavam com mais do que um bom jogador. Contavam com os gols do atacante Baros, com o gigante Koller, com o polivalente Heinz, a segurança de Petr Cech e a maestria de Rosicky, além de todo o talento já mencionado de Nedved. Mesmo tendo ficado num dos grupos mais complicados (tinha Alemanha e Holanda) classificou-se em primeiro e ganhando todos os jogos (2 x 1 na Letônia, 3 x 2 na Holanda, e 2 x 1 na Alemanha). Nas quartas-de-final massacrou a Dinamarca (que havia eliminado a Itália) por sonoros 3 x 0, e caiu nas semi-finais para a Grécia (que viria a ser campeã), perdendo no tempo extra, no gol de prata, por1 x 0, após jogar o tempo todo no ataque e castigar o goleiro adversário (Nikopolidis). Apesar da não conquista do título europeu, por apresentar um futebol de encantar a todos, tanto em habilidade quanto em vontade, merece estar presente no TOP 30: Seleções, e bem classificado. Pena que no mundial de 2006 eles tenham feito tão pouco.
- 16ª Colocada - França de 2006: A cabeçada de Zidane, esta é a imagem que vem a cabeça do mundo quando se fala nessa seleção francesa (menos para nós brasileiros, que lembramos dele cruzando para o gol de Henry, contra o Brasil), mas ela não foi só isso, afinal chegou a final da Copa. Porém falar do êxito desta seleção é falar da genialidade de Zidane, pois sem ele a França teria ficado ainda nas oitavas-de-final. Mas por que não teria ficado na primeira fase? Simples, a primeira fase a França estava num grupo baba, e mesmo assim se classificou no sufoco, e sem a ajuda de Zidane (que nos primeiros 2 jogos não fez nada e ainda foi suspenso do 3º, único vencido pelos franceses). Nas oitavas-de-final, a França era apontada como provável eliminada no confronto frente a Espanha (que vinha muito bem na Copa), e isso quase que ocorre, até Zidane e Ribéry resolveram atropelar os espanhóis (que continuam amarelando), e vencer de virada por 3 x 1. Classificação suada e degustada, aí veio as quartas-de-final, contra o Brasil (seleção que era apontada por todos como a já campeã, mesmo jogando mal), então se deu o show de Zizou (apelido de Zidane). Em uma partida esplendorosa em que deu até elástico para passar no meio de Zé Roberto e Ronaldo Fenônimo, Zidane deu a assistência para Thierry Henry fazer o gol da vitória e da freguesia (Brasil não pode ver a França em Copas sem ter o Pelé e o Garrincha). Nas semi-finais enfrentaram a embalada seleção portuguesa, com Figo, Cristiano Ronaldo, Deco e companhia. Não deu outra, apesar do favoritismo português, Zidane brilhou novamente e despachou os patrícios com um gol de penalti, com isso chegando a uma improvável final contra a Itália. E sem perder uma partida se quer os franceses chegaram a final e assim saíram dela como vice-campeões ao serem derrotados nos penaltis, mas não sem antes de a imagem que o mundo lembra acontecer. Zidane, que jogava muito bem a final, perde o controle e dá uma cabeçada em Materazzi, que provocou mas ficou até a conquista do título. É engraçado classificar uma seleção tão bem num TOP 30: Seleções por uma atuação individual fantástica, mas lembrem-se, não foi só ele, é que Zidane foi majestoso em todo o mundial, que marcou sua despedida, melancólica, do futebol. Por essa demonstração de futebol arte, ainda que por parte de apenas um grande jogador, a seleção francesa de 2006 merece essa classificação no TOP 30: Seleções. Zidane, ainda falarei mais de você aqui no blog.
- 15ª Colocada - Grécia de 2004: Muitos a apontam como a campeã na base do anti-futebol, a que não vence por atacar, mas que vence por se defender muito bem. O que a Grécia fez em 2004 é histórico, mostrou que qualquer uma seleção pode ser campeã, basta disciplina tática e vontade, e um pouco de sorte. Temos por costume valorizar o ataque em excesso, porém devo lembrá-los que o futebol é feito de defesa também (assim como de goleiros, zagueiros, laterais, alas, volantes, meias, pontas e atacantes), não podemos super-valorizar um lado e desvalorizar o outro lado. A maioria das seleções campeãs são super equilibradas, tanto defensivamente quanto ofensivamente, mas se há um desequilíbrio, a defesa conquista mais títulos que o ataque. Poderia citar vários exemplos aqui, mas prefiro me ater a Grécia campeã europeia de 2004. Apesar de uma classificação apertada na primeira fase (eliminou a Espanha no critério de gols marcados, pois o resto tava empatado) os gregos chegaram a conclusão, dá para chegar, defendendo, mas dá. Na primeira fase aprontaram para os donos da casa, Portugal inteiro ficou incrédulo quando os gregos venceram por 2 x 1 os patrícios, com uma defesa compacta e contra-ataque rápido. Empataram com os espanhóis em 1 x 1, também se defendendo muito bem. E perderam pela única vez na competição, para os eliminados russos por 2 x 1. Sofreram 4 gols em três jogos, mas após a isso resolveram que a defesa seria o ponto forte da seleção e o que levaria eles a final, como ocorreu. Em uma sequência de 1 x 0, nas quartas-de-final contra os franceses, nas semi-finais contra os tchecos e na final contra, novamente, os donos da casa, os portugueses. O paredão formado por Nikopolidis, Dellas, Seitaridis, Kapsis, Fyssas e Besinas foi responsável pela grande campanha grega na competição, que levou o título europeu. Mostrou para o mundo que é possível ganhar uma competição de alto nível, sem ser uma das favoritas ao título, nem de perto. Por mostrarem que defesa também ganha competição e que as seleções pequenas também podem sonhar e conquistar, a Grécia de 2004 está bem colocada no TOP 30: Seleções.
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