quinta-feira, 29 de julho de 2010

Brasileirão 2010: 8ª a 11ª Rodada

Na despedida de Mano Menezes, o Corinthians reassumiu a liderança do Campeonato Brasileiro. Mas nas últimas 4 rodadas quem cresceu muito foi o Internacional, com 4 vitórias, e se inseriu no G4. Daqui até a 19ª rodada farei analises a cada 4 rodadas, depois no 2º turno passarei a fazer de 5 em 5 rodadas. Lembrando, nessas analises mais abrangentes temos como avaliar um trabalho e a evolução real de uma equipe em comparação com as outras. Segue abaixo o desempenho de cada time e uma previsão do que pode estar por vir.
  • Corinthians: O líder do campeonato está com uma boa gordura para queimar, do que foi conquistado antes da Copa, e no seu retorno ao campeonato foi regular, fez 58,34% dos pontos possíveis de serem conquistados, com isso permitiu a aproximação de outras equipes. Assim como Flamengo e Cruzeiro, o Corinthians teve o 5º melhor aproveitamento de pontos entre a 8ª e a 11ª rodada. Permanecendo assim o aproveitamento, será ultrapassado nas próximas 4 rodadas por Fluminense e Internacional e ameaçado por Avaí, mas tem a troca de técnico, a chegada de Adilson Baptista, que pode mudar a maneira de jogar do Corinthians.
  • Fluminense: Vice-líder da competição, avançou uma posição no campeonato, ultrapassando o Ceará, mantendo uma forma competitiva de jogar, sempre explorando os contra-ataques na casa dos adversários e pressionando o adversário em casa. Tem tudo para crescer no campeonato com as estreias de vários reforços de peso, que aliados a uma boa campanha só tem a acrescentar. Chegou a roubar a liderança em uma rodada mas perdeu-a em seguida. Teve, junto com Avaí e Vasco, o segundo melhor aproveitamento de pontos entre a 8ª e a 11ª rodada, fazendo 66,67% dos pontos possíveis de serem aproveitados.
  • Ceará: Começa a queda de rendimento do Ceará, sem vencer desde a Copa do Mundo. A equipe cearence continua com a melhor defesa da competição, é uma equipe difícil de ser batida, mas também sofre com o pior ataque da competição. Desde a saída do técnico P. C. Gusmão o Ceará não apresenta o futebol praticado pré-Copa, e não assusta mais. Teve um aproveitamento de 25% dos pontos disputados, com 3 empates e 1 derrota, ainda mantêm a 3ª posição, por ter gordura pré-Copa para queimar, mas deve ser ultrapassada em breve pelo pelotão que está logo atrás. O antigo técnico estava certo, apesar de estarem na parte de cima da tabela o objetivo do Ceará no campeonato é fugir do rebaixamento. Dividindo a 15ª melhor campanha, entre a 8ª e a 11ª rodada, com Botafogo e Grêmio.
  • Internacional: Espetacular! Essa é a palavra para definir a equipe colorada que passou a ser dirigida por Celso Roth. Internacional 100% de aproveitamento na "Era Celso Roth", 4 vitórias seguidas, e uma delas com uma equipe mista. Foi a melhor campanha entre a 8ª e a 11ª rodada, e a equipe que mais subiu no campeonato, saiu da 16ª posição para a 4ª, avançou 12 posições. Jogando um futebol envolvente, ofuscante e ofensivo. Continuando a toada, logo será o líder do campeonato, e tem elenco para manter isso, além do renascimento de Taison, que até hoje não entendi por que estava na reserva.
  • Avaí: Outra equipe que subiu bastante na tabela, saindo de 13º a 5º lugar no campeonato. Com um aproveitamento de 66,67% dos pontos disputados, teve a 2ª melhor campanha, entre a 8ª e a 11ª rodada, junto com Fluminense e Vasco. O técnico Antônio Lopes ajeitou a equipe, que é uma das 6 que ainda não perderam após a Copa do Mundo, mas já apresenta alguma redução de rendimento, pois empatou as últimas duas partidas, inclusive com o vice-lanterna em casa. Ainda não dá para dizer se continuará subindo ou se haverá uma queda de rendimento nas próximas rodadas, mas a equipe não deve ser ameaçada pelo rebaixamento no campeonato, vejamos como se sairá ao disputar também a Copa Sul-Americana.
  • Cruzeiro: Parecendo estar bem adaptado ao novo técnico, Cuca, o Cruzeiro vem fazendo uma boa campanha, mas ainda muito regular, 5ª melhor campanha, entre a 8ª e a 11ª rodada, junto com Corinthians e Flamengo. Aliás, com este último, a campanha toda está quase que igual, com uma pequena diferença nos gols marcadas e nos cartões (vermelhos e amarelos), sendo a primeiro em favor do time celeste e a segunda em favor do time rubro-negro. Ainda pode crescer na competição, tem elenco para isso.
  • Flamengo: Vem surpreendendo pelo time que tem, o atual campeão está enfraquecido, não tem um grande time, mas também não é um time horroroso. Com um técnico inexperiente, falta de atacantes decisivos e meias criativos (só tem o Pet) tinha tudo para estar na parte de baixo da tabela, mas, como já frisei, vem surpreendendo. Com um time jovem, vem apostando numa segurança defensiva e velocidade de contra-ataque para se manter bem no campeonato, com a 7ª posição e a 5ª melhor campanha entre a 8ª e a 11ª rodada, junto com Cruzeiro e Corinthians. Mas sem reforços de alto nível e com o elenco só reduzindo (tem saído mais jogadores que entrado), além dos escândalos extra-campo e extra-clube. Apostar na categoria de base pode ser bom, pois tem uma geração boa a ser aproveitada, mas pode queimar toda ela se não for bem orientada e não souber suportar a pressão. Ainda é uma icognita para o campeonato.
  • Santos: Time sensação do momento está vivendo um momento difícil no Campeonato Brasileiro. Com um aproveitamento xulo no retorno da Copa do Mundo, com 25% dos pontos disputados, um vitória e 3 derrotas, o Santos só ficou a frente do Ceará, Botafogo e Grêmio, nessas últimas 4 rodadas (da 8ª a 11ª) por ter vencido uma partida, na última rodada, o que o alavancou da 20ª para a 13ª melhor campanha, entre a 8ª e a 11ª rodada, com isso perdendo 4 posições no campeonato. Está focado na final da Copa do Brasil, vamos ver como se comporta após o termino da competição.
  • Vitória: Também dividindo as atenções com a final da Copa do Brasil, mas diferentemente do Santos, vem fazendo uma campanha regular nas últimas 4 rodadas, alcançando 50% dos pontos disputados, com a 9ª melhor campanha entre a 8ª e a 11ª rodada, assim como o Grêmio Prudente. É um dos 6 times ainda invictos após a Copa do Mundo, com isso subindo 5 posições na tabela. Vamos ver como reage após os resultados da final da Copa do Brasil.
  • Palmeiras: Mesmo com a contratação do técnico penta-campeão do mundo, o Felipão, o Palmeiras não conseguiu reagir no campeonato, e com uma campanha regular para fraca, na volta da Copa do Mundo, o alvi-verde paulista ainda conseguiu manter a mesma posição de antes da Copa, o 10º lugar. Com a 11ª melhor campanha entre a 8ª e a 11ª rodada, com um aproveitamento de 41,67%. Deve ser ultrapassado em breve por Prudente, Vasco e Atlético - PR.
  • Grêmio Prudente: Com uma campanha digna, o antigo Barueri, hoje Grêmio Prudente, faz jus a seu segundo ano seguido na primeira divisão do futebol brasileiro. Com a 9ª melhor campanha, junto ao Vitória, nesse retorno da Copa do Mundo (da 8ª a 11ª rodada), é um dos 6 times ainda invictos após a Copa, o que lhe rendeu uma melhora de 4 posições na tabela de classificação. Porém, ainda depende do julgamento sobre a escalação considerada irregular de um jogador, na partida frente ao Flamengo, que pode acarretar em uma perda de 3 pontos.
  • Guarani: O bom início de campeonato fez o Guarani sonhar com a manutenção de sua marca na primeira divisão de futebol nacional, mas o retorno da Copa foi um banho de realidade para o clube campinense. Com apenas 2 pontos conquistados, de 12 possíveis, um aproveitamento de 16,67%, o Guarani tem a 18ª melhor campanha, entre a 8ª e a 11ª rodada, junto com o Goiás, o que o fez perder 7 posições na tabela de classificação. O futuro é brigar para não ser rebaixado, e isso é um futuro bem próximo, pois deve ser ultrapassado em breve, por Atlético-PR e Vasco, pelo menos.
  • Atlético - PR: Os recente bons resultados fazem o único time paranaense da 1ª divisão respirar novos ares, e começar a olhar para a parte de cima da tabela, sem se descuidar da debaixo. Com 50% de aproveitamento entre a 8ª e a 11ª rodada, teve a 8ª melhor campanha desde período, se diferindo de Vitória e Grêmio Prudente nas vitórias conquistadas (duas no período), o que fez o Furacão subir 4 posições, saindo da zona de rebaixamento.
  • Vasco: Recém saído da zona de rebaixamento, o clube cruz-maltino parece ter renascido na competição, e ainda irá estreiar seus reforços de peso (Felipe, Zé Roberto, Carlos Alberto e Éder Luís), o que faz a torcida do navegador português sonhar com vôos mais audaciosos. Desde a contratação do técnico P. C. Gusmão, que já fazia uma ótima campanha no Ceará pré-Copa, aliás é o único técnico ainda invicto na competição. Com a 2ª melhor campanha nessa retomada do campeonato, com um aproveitamento de 66,67%, junto ao líder e vice-líder da competição, Corinthians e Fluminense. Do Vasco da Gama podemos esperar uma grande campanha de reafirmação na elite do futebol, deve subir mais.
  • São Paulo: Tricolor paulista em queda livre! A fraquíssima campanha do São Paulo assusta sua torcida, que apesar de estarem de olho na Copa Libertadores, não podem seguir descuidando do Campeonato Brasileiro. Com a pior campanha entre todos os outros times, após a Copa do Mundo, com um aproveitamento pífio de 8,34% dos pontos disputados, o São Paulo é um dos times que mais perderam posições na competição, junto com Goiás e Botafogo, 9 no total (saindo de 6º para 15º lugar). Ainda não venceu na volta da Copa do Mundo, e ainda tem a crise interna, que deve culminar na demissão de Ricardo Gomes, que só se mantém graças a semi-final da Libertadores. Ainda pode piorar sua situação se forem eliminados da competição continental e não conseguirem se reerguer emocionalmente, vou aguardar para avaliar.
  • Goiás: Parecia que o esmeraldino havia se recuperado da má campanha do início do ano, mas a volta da Copa parece ter retirado o time do sonho e levado para o pesadelo, em um ano que o futebol goiano tinha tudo para comemorar, afinal tem dois clubes na principal divisão do futebol nacional. Com uma campanha desastrosa, apenas 16,67% dos pontos conquistados, entre a 8ª e 11ª rodada, atingiu a 18ª melhor campanha no período, junto de Guarani, o Goiás ainda conta com o destemperado técnico Leão, que aumentou a crise no clube ao se envolver, junto de dois outros jogadores, em uma briga com um repórter baiano, após o jogo contra o Vitória, no Barradão. Com um clima ruim no Goiás, tudo que o esmeraldino não precisa é de um técnico polêmico. Vejo dificuldades e brigas no futuro próximo.
  • Botafogo: Que falta o "El Loco" Abreu está fazendo ao glorioso! Sem sua estrela solitária, o Botafogo faz uma fraca campanha neste retorno de Campeonato Brasileiro, mas retirando o clássico perdido para o arqui-rival Flamengo, os outros resultados foram regulares, pois não perdeu mais, porém não ganha nenhuma partida desde a saída de "El Loco" para servir a Celeste Olímpica, 4ª colocada da Copa do Mundo. Com um aproveitamento de 25% dos pontos disputados, fez a 15ª melhor campanha, junto de Grêmio e Ceará, entre a 8ª e a 11ª rodada, o que ocasionou uma queda de 9 posições, a maior queda do período, junto de São Paulo e Grêmio. Ainda contará com o retorno de "El Loco" e a reestréia de Maicosuel com a camisa listrada. Mas estar frequentando a zona de rebaixamento pode dificultar as reestréias de seus recentes ídolos.
  • Grêmio: Pressão! Essa é a palavra que descreve a realidade do time imortal. O técnico e todo o elenco estão sofrendo uma tremenda pressão por melhores resultados. O Grêmio está com uma campanha fraca, porém não condiz com o elenco que possui, o que pode facilitar uma reviravolta na competição, mas devem mudar a postura das atuações para que possa ocorrer mais este renascimento. Com uma fraca campanha pós-Copa, com um aproveitamento de 25% dos pontos disputados, uma queda de 9 posições, a pior (junto a Botafogo e São Paulo) no período entre a 8ª e a 11ª rodada, que lhe conferiu a 15ª melhor campanha neste período. A presença na zona de rebaixamento traz más lembranças ao torcedor.
  • Atlético - MG: Este é a maior charada da competição até aqui. Ninguém entende como o Atlético-MG está nesta situação. Campeão Mineiro, com um elenco recheado de bons jogadores, com um técnico de primeiro nível, com o melhor CT do país, com salários em dia e com uma boa gestão de seus dirigentes, agora me responda, como uma equipe destas pode estar em penúltimo lugar no campeonato já passados 11 rodadas? Essa é a charada! A resposta pode passar pela "perda" do estádio do Mineirão, porém isso não tem se aplicado ao seu arqui-rival, o Cruzeiro, e por mais que a massa atleticana faça diferença, isso não serve de desculpa, pois com uma equipe deste nível não é aceitável esta situação. Com um aproveitamento de 33,34% dos pontos disputados, o que lhe acarretou na 12ª melhor campanha do período entre a 8ª e a 11ª rodada, o que não foi suficiente para subir na tabela, pois seus concorrentes diretos foram melhor, e acabou por cair 2 posições na competição, ainda se mantendo na zona de rebaixamento. Tem tudo para subir, mas a "mágica" ainda não ocorreu.
  • Atlético - GO: Lanterna da competição e candidato a Ipatinga 2008 e América - RN 2007, o Atlético - GO decepciona após o bom início de ano, campeão goiano e semi-finalista da Copa do Brasil. Com um aproveitamento de 25% dos pontos disputados, fez a 13ª melhor campanha, junto do Santos, e se diferenciando de Botafogo, Ceará e Grêmio nas vitórias conquistadas no período entre a 8ª e a 11ª rodada, mas não foi o suficiente parasair da rabeira do Campeonato Brasileiro. Surpreendeu a todos ao vencer o líder Corinthians, mas não parece ter forças para mudar o panorama do time na competição.
Essa são as análises dessas 4 rodadas do Brasileirão 2010, e através delas poderemos traçar perfis dos times e as ondulações na competição, e até prever possíveis posicionamentos ao final da competição, como eu fiz no ano passado, ao prever quem seriam os 6 primeiros da competição (lembrando que apenas errei o posicionamento de Atlético - MG e Internacional, que inverteram os papéis).

Vejam a ocilação do campeonato (exceto o líder, o 10º e o lanterna, que não mudaram de posição).

terça-feira, 27 de julho de 2010

Copa Libertadores 2010: Semi-finais

Voltamos as Copa Libertadores da América nesta terça-feira, após a parada para a Copa do Mundo 2010. E os dois confrontos das semi-finais prometem, de um lado o desafio México e Chile, Chivas Guadalajara x Universidad de Chile, e do outro um clássico brasileiro, Internacional x São Paulo.
  • Chivas Guadalajara x Universidad de Chile:
Os mexicanos fazem uma campanha regular, com 2 vitórias e 2 derrotas, somente 4 jogos, por terem entrado na competição já nas oitavas-de-final, mas mesmo assim eliminaram um dos favoritos ao título, o Vélez Sarsfield, da Argentina, e o bom time do Libertad, do Paraguai. O ponto fraco da campanha mexicana é a atuação fora de casa, que ocasionou as duas derrotas, e o ponto forte são as atuações em casa, então aos mexicanos do Chivas resta apostarem suas fichas no primeiro jogo da semi-final, para que possam defender a vantagem fora de casa. Os chilenos já fazem uma campanha espetacular, na minha visão eles têm o melhor time da competição (só o Estudiantes se equilibrava com eles), passaram pela fase de grupos em primeiro lugar, no grupo da morte, com Flamengo, Universidade Católica e o Caracas, sem perder nenhum jogo, superou o equilibrado time do Alianza Lima nas oitavas-de-final e passou pelas quartas-de-final ao derrotar o Flamengo no Maracanã (sofreu a única derrota da competição em casa contra o rubro-negro, mas não o suficiente para ser eliminado). Aparenta ser uma equipe sem pontos fracos e com um contra-ataque rápido e forte, são ótimos nas bolas paradas, resistem a pressão da torcida adversária (calou um Maracanã lotado) e desconhecem fator casa do adversário, jogam da mesma forma em qualquer lugar. Nos dois confrontos acredito que o Universidad de Chile será superior e chegará a final da competição pela primeira vez, mas tudo depende do resultado da primeira partida, que é no México, no estádio Azteca, que deve estar com quase lotação máxima (105 mil lugares).
  • Internacional x São Paulo:
Reprise da final de 2006, um clássico brasileiro na Copa Libertadores. Ninguém acreditava que o Internacional de Jorge Fossati pudesse superar o time do Estudiantes, nas quartas-de-final, e ao fazer isso o Colorado ganhou força, e essa força cresceu com a saída de Jorge Fossati, antes da Copa do Mundo, e a chegada de Celso Roth. Roth organizou a casa do Internacional, recuperou Taison e transformou o Colorado de surpresa a favorito sobre o São Paulo, pois vem 100% desde que o Inter voltou a jogar oficialmente, após a Copa. O São Paulo também surpreendeu a todos ao eliminar o favorito Cruzeiro, com duas grandes partidas, o que credenciou o São Paulo como grande favorito da competição, mas a parada da Copa do Mundo parece ter feito mal aos tricolores. Desde que voltaram os jogos oficiais, após a Copa, o São Paulo ainda não venceu e também não convenceu, têm jogado mal, e chega agora ao confronto com o Inter com o papel invertido, como azarão. Acredito que nos dois confrontos o Internacional será superior e chegará a final, mas assim como nas quartas-de-final, contra o Cruzeiro, o São Paulo pode surpreender novamente, será um belo confronto e com cacife de "final antecipada" (se é que isso existe).

Com certeza teremos dois grandes confrontos nas semi-finais, ambos imperdiveis. Entre os times que ainda estão no torneio (sempre torcerei pelos brasileiros) o que eu acho que será campeão é o Universidad de Chile, até aqui é o melhor da competição.

Copa do Brasil: Final - Santos x Vitória

É chegada a hora da decisão da Copa do Brasil de 2010. Após a parada para a Copa do Mundo, Vitória e Santos duelam pelo título e pela vaga para a Copa Libertadores da América de 2011.

Este duelo tem como favorito o Santos, que, além de ser um dos gigantes do futebol brasileiro (com oito conquistas nacionais, 2 Brasileiros, 5 taças Brasil e 1 Torneio Robertão, além de 2 libertadores), vinha apresentando o futebol mais bonito da Brasil no 1º semestre deste ano, e ainda conta com 4 jogadores convocados para a seleção brasileira (sendo que um deles ainda jogou a Copa do Mundo). Porém, a parada para a Copa parece ter sido melhor para o Vitória, que está invicto desde o retorno dos jogos oficiais, e parece mais entrosado que o clube paulista, esse, aliás, tem jogado muito mal os jogos antecedentes a esta final.

E apesar de todo o favoritismo do Santos, acredito que podemos ter dois jogos bem equilibrados e com a vantagem para o Vitória por fazer o segundo jogo em casa. Dado o equilíbrio, o fator de decidir em casa, e o melhor momento no campeonato brasileiro, vejo o Vitória como o possível ganhador deste torneio. Acho que o leão levará a melhor sobre o peixe, e será campeão, sendo o primeiro clube baiano a conquistar e o segundo clube nordestino.

Seleção Brasileira: Primeira Convocação de Mano Menezes

Mano Menezes é o novo técnico da Seleção Brasileira, após a Era Dunga. E como de costume, quando não se ganha a Copa, o trabalho do técnico anterior é sempre descartado (é assim desde 1974), e sempre se procura um culpado e uma razão para o "fracasso" na Copa do Mundo. Em 2006 a culpa era da seleção recheada de craques, da falta de comprometimento e das festas, abertura em excesso, agora em 2010 a culpa é da falta de craques, idade avançada e do excesso de comprometimento, reclusão em excesso. É dada a hora de renovação na seleção, a geração de 2002 já deu o que tinha para dar (Ronaldo, Rivaldo, Roberto Carlos, Cafu, Kaká, Lúcio, Dida, Gilberto Silva, Kleberson, etc), e Mano já tratou de começá-la. Até com um pouco de radicalismo.

24 jogadores convocados (dada a semi-final entre São Paulo e Internacional, na Libertadores), sendo que os mais velhos e experientes da equipe são Robinho, Daniel Alves e Victor. E os convocados são:
  • Goleiros: Victor (Grêmio), Jefferson (Botafogo) e Renan (Avaí);
  • Laterais Direitos: Daniel Alves (Barcelona) e Rafael (Manchester United);
  • Zagueiros: Thiago Silva (Milan), David Luiz (Benfica), Henrique (Racing Santander) e Réver (Atlético - MG);
  • Laterais Esquerdos: André Santos (Fenerbahçe) e Marcelo (Real Madrid);
  • Volantes: Hernanes (São Paulo) ou Sandro (Internacional), Ramires (Benfica), Lucas (Liverpool) e Jucilei (Corinthians);
  • Meias: Ganso (Santos), Carlos Eduardo (Hoffenhein) e Ederson (Lyon);
  • Atacantes: Robinho (Santos), Neymar (Santos), André (Santos), Alexandre Pato (Milan) e Diego Tardelli (Atlético - MG).
Acho uma boa convocação, mas acredito que poderia mesclar mais um pouco de experiência com a juventude para dar mais segurança aos jovens e novatos, acredito que a renovação deva ocorrer mas sem exageros. Esperava uma seleção mais "nacional", porém acabou por termos 11 convocados atuantes no Brasil (que já é um recorde dos últimos anos, apesar de ser só 10 - Hernanes ou Sandro). Espero que a seleção consiga fazer o que se cobra dela hoje, o futebol espetáculo com resultado (o que só conseguimos em 1970, e com reclamações pré-copa). E como a próxima Copa do Mundo é no Brasil, será enorme a pressão para sermos campeões e apagar o "Maracanazo" de 1950 de nossas memórias. Sempre acho que uma campanha que vai, ao mínimo, nas qurtas-de-final de uma Copa do Mundo, é uma boa campanha, mas jogando em casa nada além da final será tolerado, e o título é necessário para apagar 1950, senão nunca tiraremos essa lembrança das cabeças dos brasileiros.

Essa é a nova cara da seleção!

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Fórmula 1: Recesso

Após uma grande temporada em 2009, a Fórmula 1 voltou a seguir seu significado do bordão: "O Circo da Fórmula 1". Não é atoa que este é meu primeiro tópico sobre a atual temporada, que está cheia de novas regras e pontuação nova, tudo para tentar atrair a atenção do fã da velocidade, mas que (pelo menos para mim) não tem empolgado.

Antes mesmo dos acontecimentos do GP de ontem, eu já não apresentava interesse nas corridas de fórmula 1 da atual temporada, mas depois de ontem relembrei do período de 2002 e 2005, período em que olhava para as pistas e me decepcionava com a fórmula 1, em que apenas a esperança em ver o Rubinho peitar a Ferrari me fazia ver as corridas, e sempre me decepcionava. Barrichello é um ótimo piloto, Felipe Massa também, e é isso que me deixa mais triste, como torcedor, de ver eles entregando a corrida para a equipe definir, eles podem (ou podiam) ser campeões do mundo, mas preferem (ou preferiam) ganhar seus milhões sem fazer grande esforço, e deixar para outros o papel de "lendas da fórmula 1".

Não fico triste por eles, mas sim por nós que assistimos a isso com vergonha e raiva pelo que se sucede, e a eles pouco importa. Acredito que nunca mais veremos um piloto brasileiro na fórmula 1 que faça o que tem que ser feito, ou seja lutar pela vitória, independentemente de quem esteja a frente. Ayrton, Nelson e Emerson são parte da história do Brasil na Fórmula 1, mas esse passado não volta mais, pois pilotos brasileiros que tem personalidade forte e são muito rápidos não tem vez no automobilismo mundial. Minhas esperanças ficaram no cockpit de Antônio Pizzonia, mas esse não teve vez.

Faço então um recesso a Fórmula 1 em minha vida, apesar de ser um apaixonado pela categoria, sou um apaixonado pela esportividade, e isso desapareceu da categoria máxima da velocidade já faz anos. Ontem foi a gota d'água.

Ps.: Não fico triste pela atuação canastra de "vítima" de Felipe Massa, cabia a ele decidir pela sua imagem como piloto, não a equipe.

terça-feira, 20 de julho de 2010

TOP 30: Seleções - 14ª a 11ª Colocadas

Estou de volta com os TOPs 30, ainda faltam 14 a serem revelados, mas antes eu gostaria de lembrá-los que fiz estes TOPs 30 antes da última Copa do Mundo (África do Sul), então não terá a participação de nenhuma seleção desta Copa e nem a inclusão dos feitos de jogadores nela apresentados. Também quero lembrá-los de todos as 16 seleções já listadas aqui neste TOP 30: Seleções: 30ª - Croácia de 1998; 29ª - Colômbia de 1993; 28ª - Portugal de 2006; 27ª - Bulgária de 1994; 26ª - Bélgica de 1986; 25ª - Suécia de 1994; 24ª - Itália de 1994; 23ª - França de 1986; 22ª - Holanda de 1994; 21ª - Inglaterra de 2002; 20ª - Camarões de 1990; e 19ª - Alemanha de 1990; 18ª - Turquia de 2002; 17ª - Republica Tcheca de 2004; 16ª - França de 2006; e 15ª - Grécia de 2004. Agora as posições de 14ª a 11ª:
  • 14ª Colocada - Alemanha de 1982: Na Copa do Mundo de 1982 a Alemanha era uma das favoritas ao título de campeã do mundo, pois havia se sagrada campeã da Eurocopa de 1980. No mundial começou com um susto, foi derrotada na estréia na excelente seleção argelina, por 2 x 1, mas ainda sim se classificou em primeiro lugar ao vencer a Áustria por 1 x 0, num jogo em que todos chamam de "jogo de comadres", pois ambas se classificaram com esse resultado. Na segunda fase passou, com um empate (Inglaterra) e uma vitória (Espanha), as semi-finais, para enfrentar a França, e em uma partida fantástica os alemães superaram a França de Platini nos penaltis, chegando a grande final contra a embalada Itália, e parou no paredão da Azzura e foi fuzilada pelo ataque comandado por Paolo Rossi, melhor jogador daquele mundial. Com craque como Rummenigge e Breitner, a Alemanha foi eficiente, como de costume, e forte durante todo o mundial. Não encantou, mas demonstrou que com disciplina tática pode-se lutar por um título mundial, por isso está presente neste TOP 30: Seleções, e bem colocada.
  • 13ª Colocada - Brasil de 1994: Mais um campeão do mundo dá o ar da graça neste TOP 30: Seleções. O Brasil de 1994 pode não ter encantado o mundo com um futebol habilidoso e de belos dribles, mas foi uma seleção de consistência e força como nunca havia sido visto pelo mundo. A raça dos jogadores brasileiros, demonstrada em campo era de dar inveja aos argentinos, a vontade de tirar o Brasil da fila de 24 anos sem título mundial era tanta que nem a falta de um meia de criação original foi capaz de impedir a seleção canarinho. Com uma defesa sólida, um meio de campo combativo e de lançamentos precisos e uma dupla de ataque afinada como poucas vezes foi vista no futebol mundial, o Brasil foi passando por seus adversários com dramaticidade, apesar de sempre ser superior em campo (a não ser contra a Holanda onde o jogo foi igual) a seleção tinha dificuldades em marcar gols que não passassem por sua dupla de ataque. Mas para felicidade da seleção brasileira, Bebeto e Romário foram imbatíveis durante toda a Copa do Mundo, levando o Brasil a ganhar 5 partidas e empatar 2 (a primeira na primeira fase e a segunda na grande final) e a ser campeão com uma vitória nos penaltis. Esta seleção não foi grande em habilidade, mas teve uma defesa bem sólida, o que garantiu o título. Mas ela está fora dos 10 primeiros colocados principalmente por ser o campeão do mundo com menos gols na história das Copas, até antes do mundial de 2010. Porém como toda campeã do mundo está presente neste TOP 30: Seleções, e bem colocada.
  • 12ª Colocada - Alemanha de 2006: Uma grata surpresa do mundial, não se esperava uma Alemanha forte, pois o retrospecto era desfavorável, após chegar a final da Copa de 2002 (graças ao grande goleiro Oliver Kahn e ao craque Michael Ballack) a Alemanha amargava resultados ruins, como a eliminação precoce na Eurocopa 2004 (ainda na fase de grupos), e isso preocupava a população do país sede da Copa. Mas o futebol apresentado foi bonito de ver e organizado, com golaços e jogadas muito bem trabalhadas, apenas o balanço defensivo que deixada a desejar (em relação a 2002). Com 5 vitórias, 1 empate e 1 derrota a Alemanha fez um belo papel no mundial e apresentou ao mundo os companheiros de Ballack, o meia Frings, o lateral ambidestro Lham, o meia Schweizenteiger, o meia-atacante Podolsky, e o zagueiro Friederich. Na primeira fase a Alemanha atropelou a Costa Rica, Polônia e Equador, nas oitavas-de-final despachou a Suécia, nas quartas-de-final fez um dos melhores jogos da Copa contra a Argentina, que ficou empatado e foi definido nos penaltis, na semi-final perdeu para a Itália, em mais um dos melhores jogos da Copa, e na decisão pelo 3º lugar atropelou Portugal, com grande atuação de Schweizenteiger. Foi uma das melhores seleções de se assistir no mundial e chega a superar a finalista França de Zidane neste TOP 30: Seleções, principalmente pela coletividade e plasticidade das jogadas e dos gols por isso está na 12ª colocação neste TOP 30. Com o futebol apresentado faltou ser campeã para entrar entre os dez primeiros.
  • 11ª Colocada - Brasil de 2005: Pena não ter sido em um mundial! Esta seleção prometia encantar o mundo no mundial de 2006, mas deixou seu excelente futebol, um verdadeiro futebol-arte, na Copa das Confederações de 2005. Apesar do início fraco na competição (venceu a Grécia, perdeu para o México e empatou com Japão), o Brasil se classificou como segundo no grupo, e teve que enfrentar a anfitriã Alemanha nas semi-finais, foi a partir daí que o "quadrado mágico" fez a diferença. O "Quadrado Mágico", originalmente formado por Kaká, Ronaldinho Gaúcho, Robinho e Adriano, vinha fazendo uma boa competição, mas faltava uma atuação completamente convincente da seleção como um todo, e no jogo contra a Alemanha o Brasil demonstrou o porque era a seleção a ser batida, e com um show de Adriano, o Brasil derrotou os alemães. Chegada a final contra a Argentina, que tinha sapecado um 3 x 0 no Brasil as vésperas da competição, vinha cansada de uma batalha contra o México na outra semi-final, mas mesmo assim não era de se imaginar que o Brasil atropelaria os hermanos com tanta facilidade, dando show de bola que credenciou a seleção brasileira como a melhor seleção do mundo e que podia tirar um trauma na Copa do Mundo, que vinha desde 1982, que poderia ganhar uma Copa do Mundo dando show. Como já escrevi no início, pena que o excelente futebol, o "jogo bonito", ficou na Copa das Confederações, mas nem por isso ela deixaria de estar neste TOP 30: Seleções, e muito bem colocada, apenas uma posição acima dos 10 primeiros.
Agora só faltam 10 seleções! Continue acompanhando para saber quem são as 1o melhores seleções dos últimos 30 anos (excluindo a Copa do Mundo de 2010).

terça-feira, 13 de julho de 2010

Brasileirão 2010: Recomeço!

Depois da parada para a Copa do Mundo, voltamos para o Campeonato Brasileiro de Futebol de 2010. Após essa parada é bom lembrar quem está na frente, quem está em crise e quem aproveitou o recesso para se preparar e reforçar melhor.

E logo na rodada de reinicio do Brasileirão temos o duelo dos lideres, Ceará e Corinthians, no Castelão. Apenas o saldo de gols separa os dois times. Também teremos os clássicos estaduais, Botafogo e Flamengo, Palmeiras e Santos, e o confrontos dos Atléticos desesperados, o Mineiro e o Goiano, ambos na zona de rebaixamento.

Tudo o que ocorreu antes da Copa do Mundo só serviu para dar tranquilidade para uns trabalharem, e clima de possível crise para outros. As vantagens (ou desvantagens) conquistadas antes da Copa agora são apenas números que nada tem de ser analisado, é como se tivessemos feito um treino de 7 rodadas para saber quem iria largar na frente (como na Fórmula 1). Assim como nas corridas, isso só quer dizer que agora é para valer, e qualquer coisa pode acontecer, quem está em primeiro pode terminar o campeonato em último e quem está na zona da degola pode buscar o título.

São 20 clubes, 20 esperanças. É claro que há favoritos, como em toda competição, mas muitos deles ficaram pelo caminho e decepcionarão seus torcedores, mas é dificil prever quem serão.

Na minha visão os favoritos ao título brasileiro são: Corinthians, Santos, São Paulo, Flamengo, Fluminense, Cruzeiro e Grêmio. Sim, Flamengo, apesar da crise instaurada pela mídia no "caso Bruno", é um dos favoritos, afinal é o atual campeão, e o campeão sempre será favorito. Os candidatos a cair para a série B são: Atlético - GO, Atlético - PR, Guarani, Goiás, Grêmio Prudente, Avaí, Vitória, Ceará e Vasco. Sim, Vasco é favorito ao descenso, assim como qualquer time que tenha subido a primeira divisão no ano anterior, até o atual vice-líder do campeonato. Porém tudo isso não passa de achismo, e tudo pode mudar daqui para frente.

Agora, quem se reforçou melhor? Digo 3 times: 1º - Internacional; 2º - Atlético - MG; 3º Fluminense.

Lembrando que farei analises baseadas em 4 rodadas, sendo assim os vejo na 11ª rodada.
Até quando se manterá assim a classificação?

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Copa do Mundo 2010: Classificação geral final

Vejamos como ficou a classificação geral final da Copa do Mundo 2010:
  • 1º Colocado: Espanha: 18 pontos; + 6 gols de saldo; 8 gols marcados;
  • 2º Colocado: Holanda: 18 pontos; + 6 gols de saldo; 12 gols marcados;
  • 3º Colocado: Alemanha: 15 pontos; + 11 gols de saldo; 16 gols marcados;
  • 4º Colocado: Uruguai: 11 pontos; + 3 gols de saldo; 11 gols marcados;
  • 5º Colocado: Argentina: 12 pontos; + 4 gols de saldo; 10 gols marcados;
  • 6º Colocado: Brasil: 10 pontos; + 5 gols de saldo; 9 gols marcados;
  • 7º Colocado: Gana: 8 pontos; + 1 gol de saldo; 5 gols marcados;
  • 8º Colocado: Paraguai: 6 pontos; + 1 gol de saldo; 3 gols marcados;
  • 9º Colocado: Japão: 7 pontos; +2 gols de saldo; 4 gols marcados;
  • 10º Colocado: Chile: 6 pontos; - 2 gols de saldo; 3 gols marcados;
  • 11º Colocado: Portugal: 5 pontos; + 6 gols de saldo; 7 gols marcados;
  • 12º Colocado: Estados Unidos: 5 pontos; 0 gols de saldo; 5 gols marcados;
  • 13º Colocado: Inglaterra: 5 pontos; - 2 gols de saldo; 3 gols marcados;
  • 14º Colocado: México: 4 pontos; -1 gol de saldo; 4 gols marcados;
  • 15º Colocado: Coreia do Sul: 4 pontos; -2 gols de saldo; 6 gols marcados;
  • 16º Colocado: Eslováquia: 4 pontos; -2 gols de saldo; 5 gols marcados;
  • 17º Colocado: Costa do Marfim : 4 pontos; + 1 gol de saldo; e 4 gols marcados;
  • 18º Colocado: Eslovênia: 4 pontos; 0 gols de saldo; 3 gols marcados;
  • 19º Colocado: Suiça: 4 pontos; 0 gols de saldo; 1 gol marcado;
  • 20º Colocado: África do Sul: 4 pontos; - 2 gols de saldo; 3 gols marcados;
  • 21º Colocado: Austrália: 4 pontos; - 3 gols de saldo; 3 gols marcados;
  • 22º Colocado: Nova Zêlandia: 3 pontos; 0 gols de saldo; 2 gols marcados;
  • 23º Colocado: Sérvia: 3 pontos; - 1 gol de saldo; 2 gol marcados;
  • 24º Colocado: Dinamarca: 3 pontos; - 3 gols de saldo; 3 gols marcados;
  • 25º Colocado: Grécia: 3 pontos; - 3 gols de saldo; 2 gols marcados;
  • 26º Colocado: Itália: 2 pontos; - 1 gol de saldo; 4 gols marcados;
  • 27º Colocado: Nigéria: 1 ponto; - 2 gols de saldo; 3 gols marcados;
  • 28º Colocado: Argélia: 1 ponto; - 2 gols de saldo; 0 gols marcados;
  • 29º Colocado: França: 1 ponto; - 3 gols de saldo; 1 gol marcado;
  • 30º Colocado: Honduras: 1 ponto; - 3 gols de saldo; 0 gol marcados;
  • 31º Colocado: Camarões: 0 pontos; - 3 gols de saldo; 2 gols marcados;
  • 32º Colocado: Coreia do Norte: 0 pontos; - 11 gols de saldo; 1 gol marcado.
Estatisticas:
  • Melhor Ataque: Alemanha (16 gols);
  • Pior Ataque: Honduras e Argélia (0 gols);
  • Melhor Saldo de Gols: Alemanha (+ 11 gols);
  • Pior Saldo de Gols: Coreia do Norte (- 11 gols);
  • Mais Pontos Conquistados: Espanha e Holanda (18 pontos);
  • Menos Pontos Conquistados: Coreia do Norte e Camarões (0 pontos);
  • Melhor Defesa: Portugal (tomou 1 gol);
  • Pior Defesa: Coreia do Norte (tomou 12 gols).
Detalhe interessante, Espanha teve a 2 ª melhor defesa (2 gols tomados), assim como Paraguai, Japão, Nova Zelândia e Argélia, e teve apenas o 6º melhor ataque (8 gols marcados), o que colabora com a minha visão que a Espanha é um time que mais defende que ataca, a diferença é que ela defende nocampo do adversário.

Copa do Mundo 2010: Espanha Campeã do Mundo

No apito, no toque de bola, num futebol sem muitas faltas, com uma equipe equilibrada e habilidosa, numa das melhores defesas entre os campeões do mundo, e no pior ataque entre todos os campeões do mundo. Espanha venceu a Holanda, caiu o tabu de seleção que amarela na hora H.

Mas convenhamos, que a partida, como eu já havia previsto, foi muito ruim de se assistir, quase sem emoção, com um futebol de muitos passes laterais e pouca profundidade. De muito preciosismo na hora de finalizar. Espanha mereceu ganhar a Copa, assim como qualquer uma das seleções semi-finalistas merecia, todas tinham boas equipes e apresentavam um bom futebol. Mas não confundam um futebol de posse de bola e ótimo aproveitamento de passes com um futebol plasticamente bonito e ofensivo.

De todos os 4 primeiros colocados, a Espanha é a que menos gols fez na Copa, daí pode tirar a fama de ofensividade. A Espanha é uma seleção que venceu graças a saber ter a bola nos pés, a se defender no campo do adversário, em trabalhar a bola sem objetividade, sem vontade de fazer o gol. Não acho que devemos louvar o futebol apresentado pela Fúria, mas não devemos menosprezá-los. Hoje são as glórias, foram campeões e mereceram, mas com sinceridade, não empolguei em nada, em nenhum jogo, com a seleção espanhola.

O entrosamento vindo do clube (Barcelona) ajudou bastante o toque de bola e o esquema apresentado. Uma seleção com bons jogadores, Villa, Iniesta, Xavi, Puyol, Casillas, Pique, Xabi Alonso, etc. Sem nenhum craque, com um brucutu (Puyol), sem um homem de área (Fernando Torres jogou nada), com um artilheiro habilidoso e decisivo (Villa), mas que foi sacrificado pelo técnico nos dois últimos jogos, por jogar sozinho e fazendo o pivô (o que Villa não sabe fazer). A Espanha durante toda a Copa não soube se aproveitar das facilidades que encontrava, caiu no grupo mais fraco e não goleou ninguém e se classificou com dificuldades, daí em diante só venceu por 1 x 0, ao melhor estilo São Paulo Futebol Clube. Inclusive ao se aproveitar dos erros de arbitragem, que lhes favoreceram muito. O gol em impedimento contra Portugal, o gol anulado erradamente do Paraguai, e a não repetição do penalti do Paraguai por invasão de área, a falta clara não marcada em cima Özil, da Alemanha, que podia ser penalti ou no mínimo uma falta frontal contra a meta espanhola, e por fim, a não expulsão de Iniesta na final (que fazia muitas faltas e pegou um jogador holandês sem a bola e fora da jogada), a não expulsão de Puyol (ou ao menos o amarelo) que segurou Robben evitando que o mesmo chegasse a bola antes de Casillas, e a não marcação do escanteio que culminou no gol espanhol.

Não falo em téoria da conspiração, mas só mostro a todos que criticaram a atitude de Luís Suárez, do Uruguai, de fazer a falta (o penalti) para evitar um gol e foi punido com a expulsão, aqueles que o chamaram de desonesto, que o Uruguai deveria ter vergonha de ganhar "roubado", e que são os mesmo que exaltam a Espanha campeã por 1 x 0, com auxilio da arbitragem. Cadê agora eles para falar que o título espanhol foi manchado, roubado ou até conquistado com vergonha? Não todos só sabem elogiar, exaltar o toque de bola espanhol, que deixou 50% das pessoas que assistiam a final junto comigo dormindo no sofá. Espanha campeã com méritos e deméritos, como toda seleção campeã! Parabéns aos espanhóis, que lutaram por este título, se emocionaram e saíram da fila. Campeões Europeus e do Mundo, repetindo a Alemanha de 1972 e 1974. Melhor sorte aos holandeses, uruguaios e alemães, que jogaram um futebol merecedor de título (também) e que podem colher frutos futuros.

E como eu também havia previsto, a decisão do 3º lugar foi um jogão, pena o goleiro Muslera ter falhado tanto na partida, pois o Uruguai merecia essa conquista, mas os alemães sabem bem aproveitar as falhas adversárias. E que partida. Emocionante ao extremo, com ótimo futebol apresentado pelas duas seleções, o que me faz lamentar delas não terem chegado a final, pois eu sabia que este confronto seria bem melhor de se assistir que a verdadeira final, nisso o futebol perde em emoção. Parabéns aos alemães e aos uruguaios pela ótima Copa, fizeram o que ninguém esperava deles.

Sobre as atuações individuais, concordo com a FIFA sobre a eleição de Müller como revelação da Copa, mas discordo da eleição de Forlán como craque da Copa, apesar de ter jogado muito nessa Copa. Acho que Sneijder, da Holanda, foi o verdadeiro craque dessa competição, não levou o título, mas foi o melhor da Copa, assim como Cruyff em 1974.

Minha seleção da Copa ficou da seguinte maneira (ainda no 4-4-2):
  • Goleiro: Eduardo (Portugal): Não foi ameaçado por Casillas, nem Stellekenburg. Fez grandes defesas e levou um gol somente (em que não teve culpa e foi irregular).
  • Zagueiro Central: Lúcio (Brasil): Ótima Copa do Mundo do defensor brasileiro, seguro e forte na marcação. Apesar da eliminação precoce, não teve a posição ameaçada nessa seleção, nem por Friederich, da Alemanha.
  • Quarto Zagueiro: Puyol (Espanha): Derrubou Lugano da posição com suas atuações ao final da Copa. Raçudo e seguro soube crescer na hora certa.
  • Lateral Direito: Lham (Alemanha): Quase perfeito durante toda a Copa, Lham não foi ameaçado na posição por mais ninguém depois que barrou Glen Jonhson, da Inglaterra. Soube defender e atacar na medida certa.
  • Lateral Esquerdo: Von Bronckhorst (Holanda): Conquistou a posição ao final da Copa batendo o Fábio Coentrão, de Portugal. A lateral esquerda foi uma posição escassa de bons jogadores nessa Copa.
  • 1º Volante: Busquets (Espanha): Sua determinação e precisão no corte de bolas, além de saber sair jogando, foi determinante para que a Espanha pudesse imprimir seu estilo de jogo e sagrar-se campeã do mundo, superando Gilberto Silva, do Brasil, Mascherano, da Argentina, e Sami Khedira, da Alemanha.
  • 2º Volante: Schweisenteiger (Alemanha): Um dos grandes jogadores de Copa, ao lado de Forlán e Sneijder, comandou a Alemanha para as finais e mostrou muita versatilidade, não teve competidor para sua posição, nem Xabi Alonso.
  • Meia Direita: Müller (Alemanha): Artilheiro da Copa, junto a Forlán, Villa e Sneijder, e deles o que mais assistências fez, barrou jogadores que fizeram uma grande Copa, como Ayew, de Gana, Iniesta, da Espanha, e Donovan, dos Estados Unidos. Grande revelação da Copa.
  • Meia Armador: Sneijder (Holanda): Na minha visão, foi o nome da Copa do Mundo de 2010. O craque do mundial, mesmo sem o título, o que é bem comum! Não deu chance a ninguém no mundial, em sua posição. Sempre esteve na minha seleção da Copa, assim como Lúcio. Barrou grandes jogadores, que fizeram boa Copa, mas inferior a que ele fez: Xavi, da Espanha, e Özil, da Alemanha.
  • Segundo Atacante: Villa (Espanha): Teve sua escalação ameaçada e brigada com Luís Suárez, do Uruguai, durante toda a Copa, mas por ter sido decisivo a seleção espanhola até as quartas-de-final, mereceu estar na seleção da Copa. Luís Suárez perdeu a chance ao desperdiça tantas na decisão do 3º lugar.
  • Atacante Principal: Forlán (Uruguai): Eleito pela FIFA como melhor da Copa do Mundo de 2010, o artilheiro Forlán conduziu a seleção uruguaia para o retorno as glórias. Ficou ameaçado na escalação ao ter sido recuado para as armações de jogadas, o que melhorou a equipe celeste, mas ao final da Copa voltou ao ataque e conquistou a vaga nesta seleção. Tanto na armação, quanto no ataque, Forlán jogou uma excelente Copa.
Craque da Copa na minha visão: 1º Sneijder; 2º Forlán; e 3º Schweisenteiger. Melhor técnico: Hector Tabárez, do Uruguai, seguido de perto por Joachim Löw, da Alemanha, e Bert Van Marwijk, da Holanda.
Parabéns a Espanha, Holanda, Alemanha e Uruguai, os melhores da Copa do Mundo de 2010.

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Copa do Mundo 2010: Seleção da Copa e Apostas para a Final e Decisão do 3º Lugar

Está chegando o fim da Copa do Mundo de 2010. Com muitas emoções e bons jogos, a impressão que fica é que foi uma boa Copa. Até penso em fazer um ranking definindo as melhores Copas do Mundo de todos os tempos, mas fica para depois do mundial, e após o fim dos TOP 30, que já estão na metade e com a minha mudança para Brasília e a Copa do Mundo acabou ficando estacionada.

Como prometi vou elencar a minha seleção da Copa do Mundo de 2010, os dois finalistas usam um esquema diferente do que eu vou utilizar (sou saudosista e vou de 4-4-2), seus esquemas são mais modernos e ofensivos, a Espanha com seu 4-1-4-1 e a Holanda com seu 4-2-3-1 (com uma variação para o 4-2-1-3 quando estão no ataque) fazem um duelo tático bem interessante. Minha seleção da Copa do Mundo 2010 é:
  • Goleiro: Eduardo (Portugal): Foi uma Copa onde não se destacou nenhum goleiro em especifico, então decidi pelo que foi o menos vazado da Copa e que fez boas partidas. Nesta Copa as decepções ficaram em Júlio César, do Brasil, que ficou devendo boas atuações, e Buffon, da Itália, que se lesionou logo no primeiro jogo e ficou fora da Copa.
  • Zagueiro Central: Lúcio (Brasil): Foi o zagueiro mais combativo da Copa do Mundo, sua força e ótima cobertura o deixam com a posição, apesar de eliminação precoce. Decepção da Copa foi Fábio Cannavaro, da Itália, que só fez presepada.
  • Quarto Zagueiro: Puyol (Espanha): Fez uma boa Copa até aqui, não foi excepcional, mas confesso que seu gol de cabeça contra a Alemanha, o da classificação para a final, pesou para ultrapassar Lugano e Juan. Decepção da Copa foi John Terry, que pouco fez, sentiu a falta de Ferdinand a seu lado e foi eliminado precocemente.
  • Lateral Direito: Lham (Alemanha): Nem mesmo a atuação abaixo do que apresentava nas semi-finais foi suficiente para que outro lateral direito roubasse a vaga de Lham, nem Maicon, nem Glen Jonhson, nem Sérgio Ramos, nem ninguém. Lham faz uma ótima Copa e é o dono da vaga. Decepção foi Paulo Ferreira, de Portugal, que não jogou nada.
  • Lateral Esquerdo: Von Bronckhorst (Holanda): Sei que não é um lateral fantástico, mas essa Copa do Mundo não teve nenhum lateral esquerdo que prestasse, todos foram muito mal e muito defensivos. As decepções foram várias, visto que Von Bronckhorst só está em minha seleção porque não comprometeu, e pesou a seu favor o golaço que fez contra o Uruguai, que o fez passar por Fábio Coentrão, de Portugal. Fora isso, todos os outros foram decepções.
  • Primeiro Volante: Busquets (Espanha): Outra posição em que tivemos poucos destaques na Copa do Mundo, além do espanhol, Gilberto Silva, do Brasil, Mascherano, da Argentina, e Yaya Touré, da Costa do Marfim, foram os destaques, mas essa certa escassês de primeiros volantes não foi só por atuação, mas por falte de jogadores nessa posição, a maioria das seleções que se destacaram possuiam dois segundos volantes atuando, a exemplo do Uruguai e Alemanha. A decepção foi Gattuso, da Itália, que assim como a seleção italiana está em decadência, fez uma péssima Copa.
  • Segundo Volante: Schweinseteiger (Alemanha): Ele vem fazendo uma grande Copa do Mundo, e se destacou em uma posição em que ele não está acostumado a jogar, pois foi necessário essa improvisação após a lesão de Ballack. E ainda se destacou em uma posição em que vários jogadores atuaram bem, como: Xabi Alonso, da Espanha, Santana, do Paraguai, Pérez e Arévalo, do Uruguai, Tiago, de Portugal, Hasebe, do Japão, e Kwadwo Asamoah, de Gana. Decepção ficou por conta de Gerrard, da Inglaterra, e Gourcuff, da França, que vieram a Copa a passeio e esqueceram o futebol em casa.
  • Meia Direita: Müller (Alemanha): Grande revelação da Copa do Mundo, na minha opinião. Faz uma Copa do Mundo fantástica, e fez muita falta a seleção alemã nas semi-finais. Rápido, inteligente, finalizador e com ótima visão de jogo, Müller é, ao lado de Özil, da Alemanha, e Ayew, de Gana, a revelação da competição. Apesar de jovem, se destacou muito bem numa função que presa pela experiência e vitalidade, e ele mostrou que possui os dois. Muito se destacaram nesta posição na Copa, a exemplo de Ayew, de Gana, e Iniesta, da Espanha, mas confio no futebol de Müller para integrar a seleção desta Copa do Mundo. As decepções foram, Daniel Alves, do Brasil, que apesar de ser lateral direito jogou nesta função (em substituição a Elano, lesionado) e não fez nada, Ribery, da França, que além de rebelião na seleção francesa, não fez mais nada, e Lennon, da Inglaterra, que tinha que substituir Beckham e foi um jogador a menos em campo.
  • Meia Armador: Sneijder (Holanda): Este é figurinha carimbada em minha seleção desde a primeira fase (assim como Lúcio), e arrisco a dizer que ele é o craque da Copa do Mundo. Superou todos nessa função sempre, como o excelente Xavi, da Espanha, Özil, da Alemanha, Endo, do Japão, Donovan, dos Estados Unidos, e Park Ji-Sung, da Coréia do Sul. Genial durante toda a Copa, teve sua pior atuação, que ainda foi muito boa, contra o Uruguai nas semi-finais, mas ainda sim deixou sua marca e é artilheiro da Copa junto com Villa da Espanha. As decepções foram varias, mas os que mais deixaram a desejar foram, Lampard, da Inglaterra, que só apareceu em alguns momentos do último jogo dos ingleses, Pirlo, da Itália, que apesar de jogar também recuado era o responsável pela criação da Azurra, mas lesionado pouco pode ajudar, Valdívia, do Chile, que ajudou pouco e ficou abaixo do esperado, e Kaká, do Brasil, que não jogou mal, mas esteve abaixo da critica, e quando precisava desequilibrar não o fez.
  • Segundo Atacante: Villa (Espanha): Artilheiro e principal jogador da seleção espanhola, Villa tem se sagrado um dos melhores da Copa do Mundo, entrando nesta seleção a frente de Messi e Tevez, da Argentina, Robben, da Holanda, Suarez, do Uruguai, Podolski, da Alemanha, Honda, do Japão, e Giovanni dos Santos, do México. As decepções nessa posição ficam com Cristiano Ronaldo, de Portugal, que como um dos melhores jogadores do mundo, foi um grande fracasso, Rooney, da Inglaterra, que ficou só no nome da Copa, Anelka, da França, que além de não jogar nada, foi expulso da seleção francesa, Robinho, do Brasil, que montou banca que iria ser o melhor da Copa e não apresentou nada após o primeiro jogo, e Gilardino, da Itália, que assim como toda a seleção italiana, não fez nada na Copa.
  • Atacante Principal: Forlán (Uruguai): Um dos craques da Copa do Mundo, grande responsável pela performance da seleção celeste. Vinha fazendo uma grande Copa ao jogar mais recuado, e por isso vinha ficando de fora, pois não era melhor armador que Sneijder da Holanda, e ao voltar ao ataque manteve sua performance de grande destaque uruguaio na Copa e voltou a entrar na minha seleção, barrando, Luís Fabiano, do Brasil, Vittek, da Eslováquia, Klose, da Alemanha, Higuaín, da Argentina, Gyan, de Gana, e Drogba, da Costa do Marfim. Decepções foram muitas também, como Eto'o, de Camarões, craque africano que não foi nem sombra do que pode ser, Iaquinta, da Itália, que era a esperança de gols da seleção Azurra, mas ficou devendo, Fernando Torres, da Espanha, que chegava com chancela de artilheiro e não marcou nenhum gol até aqui, Van Persie, da Holanda, que vem fazendo uma Copa bem discreta até aqui, Henry, da França, que não conseguiu sair da reserva e quando entrou em campo não justificou seu nome, Frei, da Suíça, que chegou como o craque do time dos Alpes, mas ficou aquém de sua expectativa, Suazo, do Chile, que era responsável pela maioria dos gols chilenos até a Copa, e acabou sem balançar as redes na competição, e Cardozo, do Paraguai, que foi artilheiro do campeonato português e além de não fazer gols, assim como todos os atacantes da seleção paraguaia, perdeu um penalti decisivo nas quartas-de-final, que mudaria a história do mundial.
Essa seleção é de responsa, e as decepções na Copa do Mundo são várias, como em todas as Copas.

Agora as minhas apostas para os jogos deste fim de semana, a decisão do 3º lugar e a final da Copa do Mundo 2010:

  • Final: Holanda x Espanha: Não era a final que eu gostaria de ver, acho mais interessante o confronto pelo 3º lugar, mas paciência. Será um jogo com muitos passes e estudo do adversário, muito respeito em campo, o que pode tornar a disputa um tanto monotona. Acredito que a maior objetividade da Holanda dará o titulo a "Laranja Mecânica", por buscarem mais profundidade em seus passes e terem uma mira melhor que a dos espanhóis. O "mapa da mina" será a posse de bola, a seleção que obtiver mais posse conseguirá o resultado necessário, acredito que o jogo terá um placar magro, 1 x 0, por exemplo, e que será favorecendo os holandeses. Na minha visão Holanda será campeã.
  • Decisão do 3º Lugar: Uruguai x Alemanha: Deve ser um grande confronto, com grandes emoções, e apesar de a Alemanha ter melhor time no papel, acredito que a não participação na final tirou um pouco a vontade de ganhar dos alemães, eles estão mais abatidos, e os uruguaios, que tem um bom time, entrará com muita vontade, pois para eles significa uma pequena volta as glórias do futebol, e com muita raça e determinação irão agredir e vencer os alemães na busca pelo bronze. Na minha visão o Uruguai será o 3º colocado.
Eu fiz minhas apostas, e acho que os dois melhores (Sneijder e Forlán) dessa Copa irão ser decisivos nesses últimos jogos. Lembrem-se favoritismo é com Espanha e Alemanha, mas acaba assim que começa o jogo.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Copa do Mundo 2010: Resultados (8º a 5º) e Semi-finais

Que quartas-de-final foram essas? Meu Deus! Só tivemos jogos espetaculares. Quanto as minhas apostas, acertei o resultado de 3 jogos, infelizmente, inclusive o do Brasil. Agora como o tempo tá curto, preciso continuar com minhas analises, apostas e divulgação da classificação do mundial. Vamos por partes, primeiro as partidas:

Uruguai (4) 1 x 1 (2) Gana

Épica! Essa é a palavra que melhor resume este jogo. Em uma partida muito equilibrada, em que ambos os goleiros trabalharam muito, ambos os ataques trabalharam bem, com dois gols marcados de fora da área, um de um chute desprentencioso e outro de bola parada (apenas o segundo do mundial). Gana tinha o apoio da torcida e mais força física que o adversário. Uruguai tinha mais técnica e mais raça que o adversário. Uma partida fantástica, que se tornou histórica com o decorrer da prorrogação. Ao final do tempo regulamentar o jogo caminhou para a prorrogação já com o placar em 1 x 1, e se encaminhava para os penaltis, apesar da raça uruguaia demonstrada em campo, o cansaço não diminuiu essa garra, e da força física dos ganeses, a exaustão estava a beira de campo, mas não os fazia parar de lutar. Até que no último instante o árbitro (que vinha fazendo uma partida um tanto suspeita, parecia estar tendendo a favorecer os africanos) marcou uma falta que não ocorreu, a favor de Gana. Na cobrança, a bola foi alçada na área e num bate-rebate incrível (a bola não entrava), eis que surge o personagem do jogo, poderia se tornar herói ou vilão uruguaio, Luís Soarez. Em uma bola que iria entrar no gol uruguaio e daria a classificação para Gana, Soarez, sem nenhuma dúvida, defendeu a bola com as mãos, evitando assim o gol adversário. O juiz viu e marcou penalti, além de expulsar o jogador, que aos prantos deixava o campo, pois sabia que poderia ser crucificado pelo ato. Mas eis que surge outro personagem do jogo, o atacante ganês Gyan, artilheiro da equipe com3 gols, sendo dois deles de penaltis. Pegou a bola e foi cobrar o penalti. A torcida do estádio e da África inteira ficou de pé, todos prontos para comemorar a classificação de uma seleção africana para as semi-finais, mas o imponderável acontece, Gyan manda a bola no travessão, e os jogadores celestes comemoravam a improvável chance de seguir na Copa. Luís Soarez, que saia aos prantos, explodiu de alegria e comemorou como se tivesse feito um gol antológico. Impressionante, como nesta partida a emoção não deixava de estar presente em todos os lugares. Em campo, nas arquibancadas, nas salas de quem assistia o jogo, em todos os lugares pessoas ficavam com a adrenalina a mil, esperando o que viria a seguir. Com o penalti desperdiçado o jogo caminhou para os penaltis, e o desconsolado Gyan caminhou em direção a torcida africana, como se pedisse perdão. Nas cobranças de penaltis, três penaltis perdidos (dois de Gana, um do Uruguai) e chegou a vez de outro jogador virar personagem da Copa, El Loco Abreu. No último penalti, El Loco caminhava para a marca da penalidade, e eu, que já o conheço, pensava: "Ele vai bater de cavadinha de novo" reprisando a final do carioca deste ano. Então, El Loco, correu para a bola e bateu, fraco, devagar, e fazendo uma pequena parábola no ar, eis que estava a imagem da cavadinha, marca de El Loco Abreu, que classificava o Uruguai a semi-final da Copa do Mundo (fato que não ocorria desde 1970). Que jogo! Que Copa!

Holanda 2 x 1 Brasil

Nunca haverá! Estas duas palavras ilustram bem o que é um jogo entre essas duas seleções. Pois nunca haverá uma partida ruim entre Holanda e Brasil. O jogo começou eletrizante para os brasileiros, gol corretamente anulado e logo depois Felipe Melo faz um lançamento (momento Gérson) incrivel para Robinho pegar de primeira e abrir o placar da partida. O Brasil era melhor, mas a Holanda não se intimidava e não alterava seu estilo de jogo, demonstrando maturidade e capacidade de enfrentar adversidades. O Brasil poderia ter feito mais, mas esbarrou em Stelekenburg e em sua falta de pontaria. O primeiro tempo termina com Brasil vencendo dominando, mas com a Holanda ainda firme com seu estilo de jogo. Vem o segundo tempo, o Brasil continuava melhor, mas mostrava-se mais irritado (mais ainda que no primeiro tempo) com as simulações dos holandeses. A Holanda ganhava espaços e crescia no jogo. Até que o impensável acontece, a melhor defesa do mundo cai, como uma avalanche que não podia ser evitada, e em uma falha coletiva o gol holandês acontece. Sneijder levanta a bola na área em direção ao gol, Júlio César sai mal e Felipe Melo tromba com o goleiro e cabeceia a bola contra a própria meta, mas não se engane, seria gol holandês de qualquer modo, se Felipe não pegasse a bola tinha mais dois holandeses, sem marcação, atrás dele para pegar e finalizar para o gol. A Holanda empatava a partida, agora equilibrada. Mas aí o Brasil foi Brasil, e nisso não podemos reclamar só lamentar, e como se fosse uma herança maldita de 1950, o Brasil caia para seu emocional, fato que só não ocorreu em duas ocasiões, 1958 e 2002. O Brasil é o maior ganhador de Copas do Mundo, e isso não mudará neste mundial, mas é também o time que não sabe levar gols, fica de perna bamba quando isso acontece, ainda mais quando do outro lado tem uma equipe de alto nível, e assim como em 1950,1954,1974, 1982, 1986, 1990, 1994, 1998 e 2006, nosso emocional derrubava nossa equipe, a excessão de 1994 (a qual ganhávamos o Tetra) que derrubados emocionalmente em campo contra os mesmos holandeses, só conseguimos avançar graças a experiência de Branco e sua perna esquerda. A Holanda virou o jogo, não só no placar, mas em campo, e mandava no jogo. Os brasileiros mais perdidos que barata tonta, tentava reestabelecer para tentar a vitória, mas a saída de Michel Bastos (que já tinha amarelo) deixou a brecha que os holandeses precisavam (a entrada de Gilberto não surtiu efeito nenhum), e em um escanteio, a Holanda fez uma jogada ensaiada, que é dona de destruir defesas bem postadas, e com uma cabeçada para trás, a bola encontrou Sneijder, que mesmo baixinho, cabeceou para o fundo da rede brasileira, virando a partida. O Brasil não mostrava capacidade de buscar o empate, parecia já vendido no jogo, e foi aí, quando toda a equipe já estava liquidada e partindo para as faltas mais duras, que Felipe Melo fez o que se esperava dele em um momento de tensão, agrediu Robben e foi expulso. Confesso que não vi maldade tão grande assim como estão especulando, me lembrei muito da cotovelada de Leonardo, a imagem diz uma coisa, mas o rosto do jogador me diz outra. Foi expulso com justiça, mas ficou marcado com injustiça, pois era o equilíbrio que a defesa brasileira teve em mais de ano de serviço pela seleção, afinal esta foi sua primeira derrota com a camisa da seleção. A Holanda, grande responsável pelo resultado do jogo, poderia ter feito mais, mas o menosprezo ao adversário não deixou, e com arrogância tentavam humilhar os já derrotados brasileiros, e isso em Copa do Mundo pode ser fatal, pois se uma equipe mais equilibrada emocionalmente estiver do outro lado, ela pode tirar forças disso e aprontar para os holandeses, mas não foi o que ocorreu, por hora eles seguem. O Brasil sai da Copa, em uma partida excelente de ser assistida, pena que o resultado não foi o que queríamos.

Argentina 0 x 4 Alemanha

Um jogo de um time só! Essa poderia ser a frase que ilustraria o jogo, mas não foi bem assim. Em mais uma grande partida destas quartas-de-final, Argentina e Alemanha duelavam pela vitória. Logo no início do jogo a Alemanha abriu o placar, em jogada de bola parada, Schweinsenteiger cobrou a falta cruzada na área e Thomas Müller marcou para os alemães. A partir daí o jogo pode ser retratado assim: A Argentina era só emoção, ataque e habilidade, a Alemanha era marcação, inteligência tática e velocidade no contra-ataque. Em um belo primeiro tempo, a Argentina buscou o empate de todas as formas, mas sempre esbarrou na forte defesa alemã, e a Alemanha tentava encaixar um contra-ataque veloz e eficaz, mas esbarrava nas bolas longas demais. E assim terminou o primeiro tempo, Argentina babando 0 x Alemanha consciente 1. No retorno a segunda etapa, a Argentina vinha sagaz atrás do empate e por 20 minutos atacou os alemães, pressionou, mas deixou espaços na defesa, que era o ponto fraco dos argentinos, e a Alemanha soube aproveitar bem um contra-ataque e marcou o segundo gol. Foi aí que a Argentina chutou o pau da barraca, não, não é descontrole, é simplesmente o fato que perder de 2 e perder de 10 não faz diferença, e os argentinos seguiram esse pensamento e se lançaram completamente ao ataque. O técnico Maradona entendeu que era isso que deveriam fazer e começou a tirar os jogadores mais recuados e colocar atacantes e meia ofensivos, já não existia tática, mas contra uma equipe muito bem organizada e com talento isso foi fatal. A Alemanha não perdoou o desbalanço dos argentinos e foi a forra, com show de Müller, Schweinsenteiger e Klose, os alemães voltaram a golear e fecharam o placar marcando novamente 4 gols na partida. A Alemanha parece estar a frente das outras seleções, joga bonito e com eficiência tática. Que Copa está fazendo Schweinsenteiger.

Paraguai 0 x 1 Espanha

Surpresas, uma partida cheia de surpresas. Paraguai e Espanha faziam a partida que, em tese, era a mais desequilibrada das quartas-de-final. Mas o que se viu em campo foi o contrário, equilíbrio, muita marcação e goleiros salvando suas seleções. O Paraguai engrossou o jogo para a Espanha, foi melhor em campo e perdeu o jogo por lhe faltar alguém que saiba decidir a partida (Que falta fez Cabañas!), a Espanha não conseguia sair da forte marcação paraguaia e apostava em jogadas de velocidade para surpreender os sul-americanos, o que só foi possível no segundo tempo. Uma partida com gol paraguaio anulado (corretamente), um penalti perdido pelos paraguaios e sem direito a repetição (apesar da grande invasão de área), um penalti duvidoso marcado a favor dos espanhóis e que teve a cobrança repetida por nova invasão de área e na defesa do goleiro Villar, o mesmo deu rebote e cometeu outro penalti (esse sim era certeza) não marcado pelo juiz. E com esse drama a partida continuava indefinida, até que em um contra-ataque a Espanha fez tudo para perder o gol, mas a bola decidiu que era hora de definir um ganhador, e após bater na trave por três vezes, ela entrou no gol, marcado por David Villa. O Paraguai ainda lutou e a Espanha desperdiçou outras oportunidades, mas o placar permaneceu inalterado, Espanha avançava pela primeira vez as semi-finais (afinal em 1950, não houve semi-finais, e sim um quadriangular final) podendo superar sua melhor campanha em Copas do Mundo.

Nesta fase definiu-se as colocações de 8º a 5º, que seguem a ordem:
  • 5º Colocado: Argentina: 12 pontos; + 4 gols de saldo; 10 gols marcados;
  • 6º Colocado: Brasil: 10 pontos; + 5 gols de saldo; 9 gols marcados;
  • 7º Colocado: Gana: 8 pontos; + 1 gol de saldo; 5 gols marcados;
  • 8º Colocado: Paraguai: 6 pontos; + 1 gol de saldo; 3 gols marcados.
Então as semi-finais ficaram: Uruguai x Holanda; Alemanha x Espanha.

8 de Julho de 2010
Infelizmente não deu para publicar a tempo minhas apostas, mas eu confesso que teria errado os resultados, pois acreditava no Uruguai e Alemanha fazendo a final, mas não ocorreu, este confronto ficou para o 3º lugar, pois a final será entre Holanda x Espanha, e teremos um novo campeão do mundo. As semi-finais fora assim:

Uruguai 2 x 3 Holanda

Grande jogo, os holandeses foram melhor, mas não dominaram o jogo. Muito equilibrado e decidido no detalhe, com direito a golaços (um da Holanda, com Van Bronckhorst, e um do Uruguai, com Forlán) e erros de arbitragem decisivos, que estão muito comuns nesta Copa do Mundo. Um dos melhores jogos desta Copa, que já nos proporcionou vários grandes jogos, a Holanda mostrou-se mais competente para decidir o jogo e parece ter mais elenco que os uruguaios, que sentiram muito a falta de Soarez e Lugano. A Holanda só está pecando nesta Copa por perder chances claras de gol, tudo para tentar um golaço, mas só o faz após estar a frente no placar, mas com isso dá a chance de o adversário buscar a igualdade e pode acontecer ainda nesta Copa do Mundo de se ver nesta situação. Não vem mostrando um futebol mágico como as seleções de 1974 e 1978, nem tão plástico quanto 1994 e 1998, mas é o mais objetivo deles, e não mostra um futebol burocrático, e sim de posse de bola e vários passe certos, buscando uma profundidade e verticalidade nas jogadas, visando o gol. O Uruguai mostrou que na base da raça e da vontade pode-se fazer uma grande Copa do Mundo, mas falta acertar o meio de campo para virar uma grande seleção, para mim foi um erro a retirada de Forlán do meio criativo, já tinha sido demonstrado na partida anterior que não era uma boa idéia, mas o técnico persistiu no erro, e com isso o Uruguai perdeu o meio de campo criativo, o que dificultou para penetrar na defesa holandesa, não tendo capacidade de incomodar muito a defesa adversária. Pecado não perdoado em uma semi-final, e apesar de toda a pressão e raça dos uruguaios o placar favoreceu os holandeses, Holanda vai a final enfrentar a Espanha e o Uruguai briga com a Alemanha pelo 3º lugar.

Alemanha 0 x 1 Espanha

Talvez o pior jogo tecnicamente bom desta Copa! Hã??? Sim deixa eu explicar. A partida entre Alemanha e Espanha teve poucas faltas (a primeira saiu aos 27 minutos), poucos erros de passe e domínio de jogo da seleção que encantou o mundo em 2008, a Espanha. Então como pode ser o pior jogo tecnicamente bom? Simples, apesar de todo este cenário que eu descrevi, a partida foi sonolenta, os espanhóis tocavam a bola horizontalmente (só para os lados), tentavam fazer golaços e erravam o alvo, os alemães não encaixavam contra-ataques e finalizavam pouco, mesmo assim dificultando para Casillas, e assim foi por todo o primeiro tempo. Sonolento e chato, sem emoção alguma, até a falta de faltas cometidas (o que foi comemorado pelos críticos) foi um fator que deixou o jogo devagar. Até uma falta para a Espanha, perto da área, foi desperdiçada, ao invés de tentar o gol, num jogo em que nada ocorria, os espanhóis tentaram uma jogada bonita para fazer um golaço, mas perderam a chance. No segundo tempo o jogo melhorou um pouco, a Espanha deu um pouco mais de profundidade em seus passes, mas ainda pecava em não finalizar no gol, até os 20 minutos do segundo tempo o goleiro alemão, Neuer, não havia feito defesas no jogo, e em um escanteio ocorreu o gol, sem mais delongas, sem ser golaço, sem fru-fru, simplesmente gol, bem ao estilo de seu autor, o talvez mais bruto jogador da Espanha, Puyol marcou de cabeça, vindo de trás sem marcação, um erro da defesa alemã e mérito do zagueiro espanhol. O gol deu mais movimentação ao jogo, pois os alemães tinham que tentar o empate, e a Espanha teria os contra-ataques, mas a falta de criatividade alemã e a insistência dos espanhóis em desperdiçar gols feitos para tentar gols antológicos deu a partida um tom morno e sem graça. Acredito que pelas quartas-de-final e pela outra semi-final, essas duas grandes seleções deixaram a desejar na partida. Assim como na final da Eurocopa 2008 a Espanha venceu por 1 a 0, e assim como naquele jogo, a partida foi sem graça. Espanha faz a final contra a Holanda e a Alemanha faz a decisão do 3º lugar com o Uruguai.

Minhas apostas? Que a decisão de terceiro lugar será melhor de assistir que a final! Apostas para os resultados e a minha seleção da Copa do Mundo 2010 fica para sexta-feira (09/07/10). Até lá!