domingo, 28 de junho de 2009

Copa das Confederações: Final

Por pouco essa imagem que coloco aí em cima não é com outra seleção. Em uma final eletrizante o Brasil conseguiu reverter o placar em cima dos Estados Unidos, e vencer de virada pelo placar de 3 x 2.

No primeiro tempo, logo aos dez minutos, Dempsey desvia um cruzamento para marcar o primeiro gol americano, em sua primeira oportunidade. A partir daí a seleção brasileira tentou dar o troco imediato, mas esbarrava na bem postada defesa americana, que sempre saia no contra-ataque nas costas dos laterais brasileiros (principalmente nas costas de Maicon, lá era uma BR, e não apenas uma avenida). A seleção estava mal colocada em campo, atacava desorganizadamente e em uma bola perdida por Robinho (tocada por Maicon) deu um contra-ataque incrível aos americanos, em que Landon Donovan arrancou por 67 metros e finalizou contra o gol de Júlio César que nada pode fazer, 2 x 0 para os americanos. Uma plateia incrédula assistia o que parecia ser a maior zebra dos últimos 7 anos (desde a Coreia do Sul em 2002), os americanos encantavam com um futebol bem jogado e por pouco não ampliam, já os brasileiros pareciam assustados com o que estava acontecendo, pareciam que acreditavam estar em um pesadelo e não conseguiam acordar. Já até começava a ouvir: "Esse Dunga montou uma seleção limitada, sem poder de reação, os americanos estão nos envergonhando", mas a verdade era que os americanos jogavam com uma inteligência tática impressionante e neste primeiro tempo estavam dando o famoso nó tático nos brasileiros.

No segundo tempo, todos nós temos que dar o braço a torcer para o Dunga, afinal ele pegou a seleção brasileira em frangalhos (como na foto em cima) e conseguiu motivá-los para entrar em campo no segundo tempo e buscar o título de todo jeito, mas não sem corrigir os erros de posicionamento da defesa, dos laterais e do meio campo. Em menos de um minuto o Brasil diminui com um gol de Luís Fabiano (esse já tá na Copa do Mundo) e começa a pressionar e impedir os contra-ataques dos americanos. Apesar de continuar perdendo, o Brasil domina a partida neste momento e joga tudo o que não jogou no primeiro tempo (tirando Robinho que continuou inútil), os Estados Unidos estavam acuados e seu campo buscando se defender a todo custo. Contaram inclusive com o erro da arbitragem que não confirmou o gol de Kaká (que seria o empate) na cabeçada que o goleiro Howard tirou de dentro do gol (um lance muito rápido, mas o auxiliar deveria ter visto).

A proximidade do fim da partida fez com que a seleção brasileira desesperasse um pouco e Dunga insistiu em um erro que já tivera sorte de ser salvo desde mesmo erro na semi-final, tirando André Santos (lateral esquerdo) e colocando Daniel Alves (lateral direito), acho que Maicon deveria ter saído e colocou seu talismã Elano no lugar de Ramires (que não esteve tão bem hoje, mas não comprometeu). Visível era que Dunga resolveu apostar nas bolas paradas, é a única explicação para essas substituições, mas Daniel Alves na esquerda não é uma boa, ele mesmo admite que seu pé esquerdo serve apenas para apoiar o corpo enquanto o direito está no ar. Nem azul para essas substituições estava Kaká, que arrancou pela esquerda e cruzou para Robinho (em baixo da trave) perder o gol, que precisou da intervenção de Luís Fabiano para cabecear para dentro do gol, empatando a partida. Nesta hora o técnico americano mostrou fraqueza e colocou um ala no lugar de um atacante, parecia estar com medo de tomar outro gol e abdicou do ataque. Com isso a seleção tornou-se ainda mais presente na área adversária. E em um escanteio, a bola parada que Dunga queria para seu talismã cobrar, Elano (mais uma vez ele cobrando muito bem um escanteio) cobrou o escanteio levantando a bola na cabeça do capitão Lúcio que estufou a rede e virava o jogo de forma espetacular, até inacreditável.
As lágrimas da alegria e da virada impossível...

... e as lágrimas da tristeza e da derrota inacreditável.

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