quinta-feira, 11 de junho de 2009

Eliminatórias da Copa 2010: Virada Brasileira


Virada brasileira em Recife, depois do susto inicial, a seleção conseguiu o empate no desespero, e no segundo tempo acertou a marcação e conseguiu furar a defesa paraguaia. Na rodada também tivemos a derrota da Argentina em solo equatoriano por 2 x 0 para a seleção da casa, a goleada do Chile, dirigido pelo El Loco Bielsa, em cima da fraca seleção boliviana, por 4 x 0, o empate da Venezuela com o Uruguai por 2 x 2, e a vitória da Colômbia, por 1 x 0, contra a lanterna peruana.

O jogo em Recife começou da maneira que eu esperava - a única surpresa foi a escalação de Nilmar (minha preferência) no lugar de Luís Fabiano, suspenso, eu esperava que Dunga utilizasse o Pato - com a Seleção Brasileira tomando a iniciativa do jogo e o Paraguai jogando no contra-ataque. Apesar de o Brasil jogar melhor, o Paraguai dava sinal de vida no ataque com o, sempre perigoso, Cabañas. Não demorou muito para o carrasco da última partida mostrar que é sim um atacante de muita capacidade técnica e estrela, quando ele dominava uma bola não havia defensor brasileiro que tomasse de volta, seus passes sempre muito precisos, ajudaram o Paraguai dar um fogo no Brasil. E em uma falta na entrada da área, Cabañas chutou forte no canto de Júlio César, mas Elano (apagadíssimo nesta partida) desviar a bola, que ia para as mãos do goleiro, para dentro do gol.

Nesta hora, garanto, que todos pensamos: "Vão nos derrotar em solo brasileiro, e com gol do gordinho". Essa última afirmação é uma impressão falsa que a imprensa brasileira insiste em afirmar. Deixa eu explicar, aquela barriga que salienta na camisa de Cabañas é o abdómen jogado para frente graças a um grande hiperlordose (má postura da coluna na região lombar, jogando a parede abdominal para frente) que acomete o atacante paraguaio, que sim é atarracado, mas seu estilo de atarracamento me lembra o estilo de corpo do Maradona. Mas voltando ao assunto, a partir daquele momento a Seleção Brasileira começa a jogar de forma desorganizada, buscando o gol de empate de qualquer maneira, antes do fim do primeiro tempo. E ao final consegue, em um ataque em que Daniel Alves acerta um dos vários cruzamentos errados da desesperada Seleção Brasileira, alcançando Robinho (para minha infelicidade, pois todos sabem que não gosto do jogador) que de primeira faz o gol de empate no minuto final da primeira etapa.

No segundo tempo, a Seleção Brasileira voltou determinada em virar o jogo e freiou o ímpeto paraguaio, Cabañas sumiu na marcação de Juan e Lúcio. Agora, sempre organizado, o ataque muito rápido do Brasil consegue em jogada de Nilmar, que tentou Robinho mas houve o corte, chutou prensado pela marcação paraguaia e quase não entra. Robinho neste lance ficou acompanhando para ver se ia entrar mesmo, pois se fosse sair ele chutaria para dentro (aliás só não chutou antes que ele viu que existia a possibilidade de estar em posição de impedimento, se não fosse isso teria com certeza enchido o pé).

O que mais me impressionou é que parece que finalmente o Dunga encontrou uma forma de jogar com a Seleção, o esquema 4-3-1-2 tem entrado muito bem nestes dois jogos, resta saber se dará certo na Copa das Confederações. Outro ponto que Dunga acertou foi na escalação de Nilmar (deixando claro que ele é o reserva imediato de Luís Fabiano, apesar de eu achar que os dois jogam juntos perfeitamente, Nilmar no lugar de Robinho), quando ele o retirou e colocou Pato em seu lugar, fica claro que a Seleção perde poder ofensivo, afinal Pato ainda não provou, pelo menos para mim, que merece um lugar na Seleção (nem entre os reservas).

Resta saber quem será o reserva de Kaká (que jogou muito bem ontem), será que Júlio Baptista é a solução? Outro que merece ser mencionado aqui com elogios é Gilberto Silva, afinal esse esquema tem destacado o trio de volantes, Felipe Melo está um monstro em campo, Elano ainda é inconstante (abre o olho se não Ramirez rouba o lugar, com muita justiça) e Gilberto Silva volta a ter boas atuações que o destacaram na Copa de 2002.

Agora não tem mais jeito, Dunga se firmou no comando da Seleção Brasileira.

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