Quem foi o maior talismã do Corinthians: Dinei ou Tupãzinho?

Antes de fazer a comparação vou colocar a definição do Dicionário Aurélio de talismã: s.m. Objeto gravado com símbolos cabalísticos, ao qual se atribui a virtude de trazer felicidade, de comunicar um poder sobrenatural etc.; amuleto. / Fig. Aquilo que possui um poder irresistível ou efeitos maravilhosos; encanto: o ouro é um talismã. Depois desta definição podemos agora refletir sobre o significado desta palavra no futebol. O jogador talismã é aquele que trás sorte a equipe durante a partida, ou seja, quando ele entra o time melhora, mas quando começa jogando perde seu poder.

Também gostaria de explicar o porque desta comparação, após fazer comparações de jogadores de melhor nível técnico e com maior identificação com suas respectivas torcidas, decidi que estava na hora de comparar o que é muito interessante no futebol brasileiro, o folclore, afinal quem diria que estes jogadores eram craques os suficientes para a torcida pedir sua entrada em um jogo complicado.

Tupãzinho:

• Fez 340 jogos pelo Corinthians;
• Marcou 52 gols;
• Marcou o gol do segundo jogo da decisão do Campeonato Brasileiro de 1990 (1 x 0);
• Campeão Brasileiro em 1990;
• Campeão da Copa do Brasil de 1995;
• Campeão Paulista de 1995;
• Oitenista da Taça Libertadores da América em 1991;
• Quartenista da Taça Libertadores da América em 1996;

O "Talismã da Fiel" participou de três conquistas do time paulista, mas além destes títulos, o fato de ser usado muito na reserva, entrar durante o jogo e fazer gols importantes ganhou este apelido. Mas será que ele é quem realmente merece este nome? O gol mais importante de Tupãzinho foi o do título brasileiro em 1990, mas ele estava em campo desde o início do jogo, então neste fato muito importante na sua trajetória no clube paulista ele não chegou a ser um talismã, pode até ter sido durante o resto de sua passagem pelo clube, mas sempre que precisavam dele em um jogo muito importante, ou ele já estava em campo, ou entrava e não fazia nada.

Dinei:

• Fez 177 jogos pelo Corinthians;
• Marcou 34 gols;
• Marcou o gol da reação e deu a assistência que resultou no gol de empate do primeiro jogo da final do Campeonato Brasileiro de 1998 e fez as duas assistências que resultaram nos dois gols do título na terceira partida, a de desempate;
• Único jogador a ser tricampeão pelo Corinthians em 1990-1998-1999;
• Campeão Paulista em 1999;
• Campeão do Mundial da FIFA em 2000;
• Quartenista da Copa Libertadores da América de 1999;
• Semifinalista da Copa Libertadores da América de 2000;

O "Dinei da Fiel" participou, efetivamente (ou seja jogando, não necessariamente titular), de 3 títulos no Corinthians Paulista (Bicampeonato Brasileiro 98-99 e Campeonato Paulista de 99) e de outros 2 títulos compondo o elenco (Brasileiro de 1990 e o Mundial de Clubes da FIFA 2000). Mas será que ele merece o apelido de Talismã?

Como vimos no início desta análise a definição de talismã no meio futebolístico é de um jogador que está na reserva e por puro folclore da torcida é exigido que este entre para resolver o jogo, mas se entra desde o início na partida não consegue mostrar o seu valor (ou seja o talismã perde o poder). Com isso e com os dados que eu apurei aqui, Tupãzinho (apesar de carregar contigo o apelido de talismã) seu gol mais importante aconteceu em um jogo em que ele começou jogando (naquele campeonato ele era titular da equipe). Já Dinei, que em 1998, era reserva do Corinthians entrou nas partidas finais (as 3) durante o jogo e resolveu o título para o clube paulista com um gol importante e excelentes assistências, garantindo o segundo título brasileiro ao clube paulista. Com isso acredito que o apelido de Talismã deveria pertencer ao Dinei e não ao Tupãzinho (que também fez por merecer, as perde feio para Dinei).

Fiel torcida seu verdadeiro talismã é o Dinei!